Musical 'Hair' com Rodrigo Simas: uma viagem hippie com olhar no presente
Musical 'Hair' com Rodrigo Simas une anos 60 e atualidade

Quem diria que aquela vibe flower power dos anos 60 ainda teria tanto a dizer em 2023? O musical Hair, aquele mesmo que botou o mundo pra cantar "Let the Sunshine In", acaba de ganhar uma roupagem brasileira - e olha, não é qualquer roupagem não.

Rodrigo Simas, aquele ator que a gente já viu fazer de tudo (e bem feito, diga-se), assumiu o papel principal nessa montagem que tá dando o que falar. Mas calma lá que isso não é só mais um revival nostálgico. Os produtores foram espertos e costuraram os conflitos atuais nessa colcha de retalhos hippie.

O passado conversando com o presente

Lembra daquela época de protestos contra a Guerra do Vietnã? Pois é, o espetáculo mantém a essência contestadora, mas troca algumas cartas na mesa. A turma do "paz e amor" agora também discute:

  • Movimentos identitários
  • Crises ambientais
  • Polarização política

Não é que a coisa ficou mais pesada, não. É que ganhou camadas - como um bom vinho que amadureceu sem perder o charme.

Rodrigo Simas no comando

O ator, que já mostrou serviço em novelas e no teatro, parece ter encontrado seu papel dos sonhos. "É como se eu tivesse nascido pra isso", soltou ele numa entrevista descontraída. E dá pra acreditar - o cara mergulhou de cabeça no espírito livre do personagem.

Os cabelos longos (óbvio), as roupas coloridas e aquela energia contagiante fazem do elenco todo uma verdadeira tribo urbana. Só que, diferente dos originais, essa turma sabe usar smartphone e postar no Instagram entre um número musical e outro.

Um espetáculo pra quem viveu e pra quem só ouviu falar

Os diretores foram geniais ao equilibrar:

  1. Referências clássicas que os fãs antigos vão adorar
  2. Elementos contemporâneos pra conquistar o público jovem

E sabe o que é melhor? A trilha sonora continua incrível. Aquelas músicas que marcaram época ganharam arranjos novos, mas sem perder a alma. É de arrepiar - literalmente.

Quem já foi ver saiu do teatro com um sorriso bobo no rosto e uma vontade inexplicável de abraçar estranhos. Coisa de hippie mesmo, só que com o pé no século XXI.