Quase dois séculos e meio de tradição não se apagam tão fácil. Em Mazagão, no coração do Amapá, a Festividade de São Tiago resiste ao tempo — e como! Neste ano, a celebração chega à sua 248ª edição, mantendo viva uma das manifestações culturais mais autênticas do Norte brasileiro.
Quem já teve o privilégio de participar sabe: não é só uma festa religiosa. É um verdadeiro espetáculo de cores, sons e emoções que transforma a pacata cidade num palco de devoção e alegria. E olha que a programação promete!
O que esperar da festa?
Desde os preparativos — que começam semanas antes — até o grand finale, tudo em Mazagão gira em torno do santo guerreiro. A organização promete:
- Procissões emocionantes que parecem transportar os participantes para outro tempo
- Apresentações culturais que contam a história da região através da dança e música
- Barraquinhas típicas com aquelas comidas que só se encontra em festa de interior
- Momentos de fé que reúnem gerações em torno da mesma tradição
"É como se o tempo parasse aqui durante esses dias", comenta Dona Maria, 72 anos, que não perde uma edição desde criança. E não é exagero — a atmosfera realmente tem algo de mágico.
Uma tradição que atravessa gerações
O que começou em 1777 como uma simples devoção transformou-se num patrimônio cultural vivo. Curiosamente, a festa mantém elementos que nem mesmo os moradores mais antigos sabem explicar direito — "sempre foi assim", dizem.
Entre os rituais que sobreviveram ao tempo:
- A encenação da batalha entre mouros e cristãos, cheia de simbolismo
- O traje tradicional dos participantes, que parece saído de um museu
- As cantigas em dialetos quase esquecidos
E se você acha que tradição e modernidade não combinam, espere até ver os jovens de Mazagão reinventando — sem perder a essência — essa celebração secular. Instagramável? Com certeza. Autêntica? Mais do que nunca.
Para quem quer viver essa experiência única, a dica é chegar cedo e se preparar para dias intensos. Ah, e leve um agasalho — as noites amazônicas têm seu jeito particular de surpreender os desavisados.
