
Parece que a sétima arte brasileira resolveu dar um show de protagonismo este ano. E que show! A 27ª edição do Festival do Rio, um dos eventos mais aguardados do calendário cultural, acaba de bater um recorde e tanto – para não dizer histórico.
O número de inscrições de filmes nacionais atingiu uma marca absolutamente inédita. São nada menos que 427 produções concorrendo a um espaço na mostra competitiva. Um verdadeiro tsunami criativo que tomou conta da curadoria.
Um termômetro efervescente da produção audiovisual
Os organizadores do festival – aqueles coitados que terão a hercúlea tarefa de assistir a tudo – não escondem o entusiasmo. É que esse volume colossal de inscrições funciona como um indicador poderoso. Algo como um raio-X da vitalidade do nosso cinema.
Dá para sentir o pulso da coisa: a cena audiovisual brasileira não apenas está viva, está pulsando com uma energia contagiante. E diversa! A variedade de gêneros e temas é impressionante – de dramas densos a comédias leves, documentários provocadores a experiências visuais arrojadas.
Mais do que números, uma declaração de amor
O que esses 427 filmes representam, no fundo? Vai muito além de uma estatística fria. É uma declaração coletiva de amor à narrativa brasileira. Uma aposta ousada na nossa capacidade de contar histórias que ressoam – seja em Copacabana ou em Cannes.
E olha, a competição promete ser acirrada. A curadoria terá que fazer escolhas difíceis, do tipo 'cortar o próprio braço'. Todos querem seu lugar ao sol no telão do Festival do Rio, é claro.
Resta torcer para que essa efervescência toda se traduza em telas lotadas quando o evento rolar, em outubro. Porque cinema feito com tanto empenho merece plateia. E plateia grande.