Silverio Pontes e Marcelo Caldi levam o melhor do choro para o Festival de Inverno de Nova Friburgo
Choro de qualidade no Festival de Inverno de Nova Friburgo

Quem pensa que o frio da serra vai esfriar os ânimos tá muito enganado! O Festival de Inverno de Nova Friburgo tá pegando fogo — ou melhor, pegando calor humano — com a dupla Silverio Pontes e Marcelo Caldi levando seu talento pra cortar o queixo de qualquer um.

Nessa sexta, 19 de julho, os caras simplesmente detonaram no palco. E não foi qualquer detonação não — foi aquela que deixa a gente com aquela pontada de "por que já acabou?". O repertório? Só os maiores sucessos do choro, aquele gênero que é como café passado na hora: sempre cai bem, em qualquer temperatura.

Do pandeiro ao coração

Silverio, com seu trompete que parece ter vida própria, e Marcelo, no violão de sete cordas (sim, sete — porque cinco é pouco e oito já é exagero), mostraram porque são considerados dois dos maiores nomes da cena atual. A plateia? Nem se fala — teve gente que veio de Petrópolis só pra ver o espetáculo, e olha que o trânsito na serra tava daqueles...

"A gente tava precisando de uma noite assim", comentou Dona Maria, 62 anos, que não perdia um festival desde os tempos que o evento ainda era no coreto da praça. "Isso sim é cultura!" — e ela tá mais que certa.

O choro que aquece

Num país onde o inverno pode ser tão diverso quanto nossa música, o Festival de Nova Friburgo acerta em cheio ao trazer o calor do choro pra esquentar as noites frias da região. E não é qualquer apresentação — é daquelas que ficam na memória, sabe? Daquelas que a gente conta pros netos.

O Instituto Dell'Arte, responsável pela programação, parece que finalmente entendeu o recado: cultura de qualidade não é luxo, é necessidade básica. E olha que ainda tem muita coisa boa por vir nesta edição...

Pra quem perdeu: azar o seu. Mas fica a dica — ano que vem, marque na agenda e não invente desculpa. Porque cultura assim, meu amigo, não tem preço que pague.