Preta Gil morre aos 50 anos: uma vida de arte, luta e legado inesquecível
Preta Gil morre aos 50 anos: relembre sua trajetória

O Brasil perdeu uma de suas vozes mais autênticas. Preta Gil, filha do lendário Gilberto Gil, partiu aos 50 anos — e o que fica é um legado que mistura música, ativismo e uma coragem sem tamanho. A notícia pegou todo mundo de surpresa, como um soco no estômago. Alguém tão cheio de vida, assim, de repente...

Nascida em Salvador — ah, Salvador, cidade que ela carregava no sangue e no sotaque —, Preta era mais que uma artista. Era um furacão de personalidade. Lembram quando ela estourou com "Senta Sentada"? A música virou hino, e aquela batida grudou na cabeça do país inteiro. Mas ela não parou por aí.

Uma carreira sem medo de polêmica

Preta nunca teve papas na língua. Seja falando de empoderamento negro, seja defendendo direitos LGBTQIA+, ela botava a cara a tapa. E como! Nos palcos, então, era pura energia. Quem viu algum show dela sabe: aquela mulher dominava o público com uma mistura de carisma e talento bruto.

Fora dos holofotes, a luta continuava. Ela abraçava causas sociais com uma paixão que dava vergonha alheia em muita gente por aí. (E olha que o mundo artístico tá cheio de gente que só fala bonito na hora do Instagram.)

Batalhas pessoais e superação

Em 2021, veio o diagnóstico de câncer no intestino. Mas, típico dela, enfrentou o tratamento com aquele humor ácido que só Preta tinha. Postava vídeos careca, fazia piada com a situação — transformou a própria dor em mensagem de força para quem lutava contra a doença.

"A vida me deu um murro, mas eu devolvo com um beijão", ela disse numa daquelas entrevistas que marcavam. E devolveu mesmo. Teve remissão, voltou aos palcos, lançou música nova... Parecia que tinha vencido.

O adeus inesperado

Aí, do nada, essa curva fechada. A família não divulgou detalhes, mas fontes próximas falam em complicações da doença. O certo é que o Brasil acordou mais sem graça hoje. Nas redes sociais, uma enxurrada de homenagens — de fãs, de colegas artistas, de gente que nem conhecia ela pessoalmente mas se sentia representada por aquela baiana de atitude.

Gilberto Gil, claro, destruído. Os dois tinham uma ligação que ia além de pai e filha — eram cúmplices na arte e na vida. Dá pra imaginar a dor do homem, né? Perder a filha com apenas 50 anos...

Preta deixa a filha Francisco, de 10 anos, e uma obra que — olha só a ironia — parece mais viva do que nunca. Nas últimas horas, suas músicas explodiram nas plataformas digitais. Gente descobrindo, gente revisitando, gente chorando ao ouvir aquela voz que agora virou memória.

Salvador perde uma filha ilustre. A música brasileira, uma intérprete única. E a gente? A gente fica com a lição de que dá pra lutar, cantar e amar — tudo ao mesmo tempo e sem pedir licença. Como ela fez.