Preta Gil recebe homenagens emocionantes no Dia do Amigo — um último adeus cheio de amor
Preta Gil: homenagem comovente no Dia do Amigo

Não é todo dia que a vida nos presenteia com cenas tão pungentes. Preta Gil, ícone da música e da cultura brasileira, viveu um momento de rara beleza em seus últimos dias — cercada por afagos em forma de palavras, gestos e lágrimas sinceras.

Naquele 20 de julho, data que celebra a amizade, o apartamento no Rio de Janeiro transformou-se num palco improvisado de emoções. Flores? De sobra. Abraços? Apertados. Risos entremeados à dor da despedida que se aproximava? Mais genuínos que nunca.

O presente inesperado

Quem diria que o Dia do Amigo reservaria essa surpresa. A equipe médica — sim, aqueles anjos de jaleco — armou uma espécie de varal de memórias. Fotografias, recados escritos à mão, até aquela playlist que só os mais íntimos conheciam. Tudo meticulosamente disposto como num altar contemporâneo.

"Parecia que o tempo esticou", contou uma das enfermeiras, ainda com a voz embargada. "Ela reconheceu cada rosto nas fotos, cada letra de canção. Sorriu com os olhos — aqueles olhos que já viram tanta coisa."

Os detalhes que doem (e curam)

  • A carta da filha, escrita em caderno escolar, com letra tremida de adolescente
  • O colar de contas africanas que Gilberto Gil colocou no pescoço da filha
  • O vídeo message de Anitta, cheio daqueles xingamentos carinhosos que só as amigas de verdade permitem

Não foi um velório antecipado, como alguns poderiam pensar. Foi, nas palavras de um dos presentes, "uma celebração à moda antiga — onde se chora, sim, mas principalmente se canta, se conta causos e se brinda à vida que foi vivida com intensidade".

E o Brasil? Ah, o Brasil ficou sabendo pelos jornais, é claro. Mas quem estava lá garante: nenhuma reportagem consegue capturar o cheiro de jasmim no ar, o sabor salgado das lágrimas que escorriam sem cerimônia, o som rouco das gargalhadas que insistiam em romper a tristeza.

O legado que fica

Talvez você esteja se perguntando: por que compartilhar isso agora? A resposta é simples como um verso de samba-enredo: porque Preta sempre foi sobre autenticidade. Sobre mostrar as cicatrizes e as tatuagens com o mesmo orgulho. Sobre transformar dor em arte — até na despedida.

Naquela tarde carioca, entre um gole de água com limão e outro de morfina, ela teria dito algo que resume tudo: "Tá vendo? Até na hora H eu tô cercada de amor. Tô no lucro, gente." E riu. Como só ela sabia rir.