Magda Cotrofe não está mais disposta a aceitar o rótulo de "apenas um rostinho bonito". Em um desabafo sincero, ela revela como a constante objetificação a afeta — e o que está fazendo para mudar essa narrativa.
"Cansei de ser tratada como um pedaço de carne", diz ela, com uma mistura de cansaço e determinação que só quem viveu na pele entende. "As pessoas acham que, por ser bonita, não tenho conteúdo. Isso dói."
Por Trás do Sorriso
Quem vê Magda nas redes sociais — sempre impecável, sempre radiante — mal imagina o turbilhão de emoções que ela esconde. "Treino diariamente, cuido da alimentação, estudo... Mas parece que nada disso importa. Só querem saber do meu corpo."
Ela conta que já perdeu oportunidades profissionais por se recusar a "ficar seminu em capas de revista". "Não me arrependo, mas é frustrante ver colegas sendo recompensadas justamente por algo que eu me recuso a fazer."
O Preço da Visibilidade
Nos últimos anos, Magda começou a usar sua plataforma para falar sobre autoestima e respeito. "Se eu não falar, quem vai?", questiona. "Quero que outras mulheres vejam que podem ser bonitas e inteligentes. Não é uma escolha binária."
Mas a jornada não é fácil. "Já me chamaram de 'metida', 'fresca'... Como se eu devesse agradecer por ser reduzida a um objeto." Ela ri, mas é um riso sem graça. "O pior? Quando dizem que estou 'reclamando de barriga cheia'. Como se beleza fosse um passe livre para a falta de respeito."
Mudando o Jogo
Aos poucos, porém, Magda está virando o jogo. Além de modelo, agora ela:
- Colabora com marcas que valorizam mensagens positivas
- Participa de debates sobre imagem feminina na mídia
- Está desenvolvendo um projeto sobre empoderamento através da moda
"Não quero ser lembrada apenas por meu rosto ou corpo", reflete. "Quero que digam: 'Aquela mulher fez a diferença'." E, pelo jeito, ela está bem no caminho para conseguir.
