
Quem vê aquela mulher de 23 anos, dona de um sorriso que ainda guarda resquícios da menina Carrossel, mal imagina as camadas de experiência que se escondem por trás dos olhos de Larissa Manoela. Acontece que uma recente visita ao projeto 'É de Casa' — aquele mesmo do programa da Rede Globo — mexeu com algo muito profundo na artista.
Não foi uma comoção passageira, não. Foi algo visceral.
Ela mesma confessa: "Me reconheço totalmente naquelas crianças. É estranho dizer isso, mas é como se eu estivesse revendo minha própria história, sabe? Aquele brilho nos olhos, a energia contagiante... é puro." A fala vem carregada de uma nostalgia que não é amarga, mas sim consciente.
Mais do que uma visita, um reencontro
O projeto, que já ajudou mais de 300 jovens, apresenta um mundo de possibilidades através da música, dança e outras expressões artísticas. Larissa não foi lá apenas para cumprir tabela ou fazer uma aparição rápida. Ela mergulhou de cabeça. Interagiu, ouviu histórias, dançou — e, no processo, reviveu seus próprios primeiros passos diante das câmeras.
É fascinante observar como a vida dá voltas. A garota que cresceu sob os holofotes agora se vê espelhada numa nova geração cheia de sonhos — e ela leva isso tremendamente a sério. Talvez por saber, na pele, o peso e a delícia desse caminho.
"A gente esquece, às vezes, de onde veio. E estar ali foi um lembrete poderoso da minha essência," reflete, com uma maturidade que impressiona.
O legado que vai além da TV
Longe de ser apenas um depoimento bonito para a imprensa, a fala de Larissa Manoela escancara uma verdade muitas vezes ignorada: artistas que iniciam cedo carregam marcas profundas dessa experiência. E ver alguém como ela usando sua trajetória para se conectar e inspirar outras crianças é, no mínimo, revigorante.
Ela não está só olhando para o passado. Estende a mão para o futuro. E, nesse gesto, encontra um pouco de si mesma — a menina que ainda vive ali, bem no centro de quem ela se tornou.