Não é todo dia que a gente vê um homem forte como Gomingo se quebrar diante das câmeras. Mas hoje foi diferente. A notícia da morte de Preta Gil — aquela força da natureza, aquela voz que ecoava além dos palcos — parece ter atingido ele como um soco no estômago.
"É difícil", ele confessou, com a voz embargada, enquanto tentava encontrar palavras que dessem conta de uma dor tão particular. "Ela não era só uma artista. Era energia pura."
Um luto que transcende o pessoal
Quem acompanha os dois sabe: havia uma conexão especial ali. Não daquelas de holofotes e poses para fotos, mas algo mais autêntico — do tipo que resiste aos anos sem precisar de explicações.
Gomingo, normalmente tão eloquente, hoje parecia lutar contra as próprias emoções:
- "Era como se ela carregasse o sol consigo"
- "Deixou um vazio que nenhum show vai preencher"
- "A Bahia perdeu parte de sua luz"
E cá entre nós: quando um baiano diz que faltou luz, você sabe que a coisa é séria.
O legado que fica
Entre um suspiro e outro, Gomingo foi tecendo reflexões sobre o que Preta representava — não só para a música, mas para toda uma geração que se viu representada naquela mistura única de irreverência e profundidade que só ela sabia fazer.
"Ela transformava dor em arte como ninguém", lembrou, com um meio sorriso que não escondia a tristeza nos olhos. "E o pior? A gente nem percebeu o quanto ia sentir falta até ela se ir."
Não foi um discurso polido. Nem poderia ser. Era a fala truncada de quem tenta entender o inexplicável, entre memórias boas e a realidade dura da perda.
E no meio de tudo isso, uma certeza: Preta Gil pode ter partido, mas o eco daquela risada contagiosa — aquela que desafiava qualquer situação — vai continuar ressoando por muito, muito tempo.
