Numa conversa franca e cheia de emoção, Gilberto Gil — aquele mesmo que há décadas colore o Brasil com suas melodias — revelou que os planos para trazer seus restos mortais de volta ao país já estão em andamento. E quem tá no comando? A família, claro. "É um assunto delicado, mas necessário", admitiu o artista, com aquela voz serena que a gente já conhece.
Não é todo dia que um mito da MPB fala sobre algo tão pessoal, mas Gil, sempre à frente do seu tempo, abordou o tema sem rodeios. Segundo ele, tudo está sendo organizado com muito carinho pelos seus entes queridos — e a Bahia, terra que o viu nascer, será o destino final. "A gente prefere resolver essas coisas com tranquilidade, sem alarde", comentou, quase como quem fala de um simples passeio no fim de tarde.
O que rola por trás dos bastidores
Pra quem tá se perguntando como funciona um processo desses, a coisa não é tão simples quanto parece. Documentação, trâmites legais, questões burocráticas... um verdadeiro quebra-cabeça que, no caso do cantor, ainda envolve uma pitada de sentimentalismo. "Minha família sabe o que eu quero", disse ele, deixando claro que confia plenamente nas decisões deles.
E olha só que interessante: enquanto alguns artistas transformam até o último suspiro em espetáculo, Gil parece preferir a discrição. Será modéstia? Ou simplesmente o jeito dele de encarar a vida — e agora, também, o que vem depois? Difícil dizer, mas uma coisa é certa: quando o assunto é família, o cara não brinca em serviço.
E a Bahia nessa história?
Salvador, com seus cheiros, sons e cores, sempre foi mais que um cenário na vida de Gil — foi parte fundamental da sua identidade. Não à toa, a cidade aparece como palco desse capítulo final. "Tem um significado especial", confessou o músico, sem entrar em detalhes, mas deixando no ar aquela saudade gostosa que só quem é da terra entende.
Enquanto isso, os fãs — aqueles mesmo que cresceram ouvindo "Expresso 2222" no rádio — já começam a se preparar emocionalmente. Porque, convenhamos, não vai ser fácil ver o ídolo partir, mesmo que seja pro lugar que ele sempre chamou de casa.
