
Quando a vida resolve dar uma dessas voltas que ninguém espera, até os maiores artistas precisam parar. Gilberto Gil, um dos nomes mais icônicos da MPB, decidiu adiar o show da turnê Tempo Rei — e não foi por capricho. A razão? O coração pesado depois da partida da filha, Preta Gil, que faleceu no último domingo (28).
Não é fácil segurar a onda quando a dor bate na porta. Aos 81 anos, Gil mostrou que, por mais experiente que seja, algumas coisas simplesmente não têm manual. O adiamento foi anunciado pela produção do evento, que aconteceria em São Paulo, e a justificativa foi direta: "respeito ao luto familiar". E quem pode criticar?
O silêncio que fala mais alto
Desde a notícia do falecimento de Preta, Gilberto Gil manteve um perfil discreto. Nada de discursos longos ou declarações bombásticas — só o silêncio de quem está tentando digerir o que aconteceu. E, convenhamos, às vezes é melhor assim. A música sempre foi sua válvula de escape, mas desta vez nem ela consegue preencher o vazio.
Os fãs, claro, entenderam na hora. As redes sociais viraram um mar de mensagens de apoio. "Todo o tempo do mundo pra se recuperar", escreveu um. "A arte pode esperar, a dor não", comentou outro. Até porque, como dizem por aí, luto não tem prazo de validade.
E agora, o que vai ser da turnê?
A produção ainda não soltou novas datas — e faz sentido. Ninguém quer pensar em agenda quando o assunto é perder alguém tão próximo. O show em São Paulo era só o primeiro de uma série que prometia relembrar os grandes sucessos do baiano. Mas, pelo jeito, o tempo rei vai ter que esperar um pouco.
Enquanto isso, a família Gil segue tentando achar seu próprio ritmo nesse turbilhão. Preta deixou um legado forte, seja na música, seja na luta por causas sociais. E, por mais clichê que pareça, é isso que fica. A arte continua, mas só quando o coração permitir.