
Numa daquelas conversas que mistura café gelado e confissões, Fátima Bernardes resolveu soltar o verbo. Não foi nada formal, muito menos ensaiado — coisa de quem já viveu décadas diante das câmeras e sabe que algumas histórias precisam ser contadas com o coração na ponta dos dedos.
E olha, o que ela disse sobre a saída de William Bonner do Jornal Nacional não foi só mais um comentário de bastidor. Foi quase uma crônica de despedida, daquelas que a gente guarda no fundo da gaveta.
Um capítulo que se fecha — mas não sem antes doer
“A gente se prepara a vida toda para certos momentos, mas quando chegam…” — Fátima fez uma pausa dramática, quase cinematográfica — “…a gente percebe que não estava preparado para nada.”
Ela não usou palavras bonitas ou discursos prontos. Falou com a honestidade de quem dividiu a bancada mais importante do país durante anos. Disse que a saída de Bonner mexeu com ela, sim. Mais do que imaginava.
Os detalhes que ninguém contou
Segundo Fátima, a decisão não veio do nada. Não foi um rompante, um drama ou uma crise. Foi um processo — lento, consciente e, de certa forma, inevitável. “Às vezes a gente sente que é hora de virar a página antes que o livro termine sozinho”, refletiu, filosofando como só quem já virou protagonista de sua própria história.
Ela mencionou cansaço. Não aquele cansaço de quem trabalhou demais, mas o cansaço de quem cumpriu uma missão. Bonner não estava exausto da profissão; estava completo nela.
E o que vem depois?
Fátima adiantou que Bonner não pretende sumir do mapa. Longe disso. Ele quer escrever, pensar, maybe até mergulhar em projetos que a correria do jornalismo diário nunca permitiu. “Tem gente que nasce contando histórias — e ele é desses.”
E quanto a ela? Sorriu, evitou dar detalhes, mas deixou escapar que admira quem tem coragem de recomeçar. “A vida é muito curta para a gente ficar preso num só papel.”
No fim das contas, o que ficou claro é que não houve crise, não houve briga, não houve desastre. Apenas o fim natural de um ciclo — e o início de outro, cheio de possibilidades.
E aí, você também vai sentir falta do Bonner no JN?