
Não foi só um show. Foi um daqueles momentos que grudam na memória — e no coração. A cantora carioca, que prefere não estampar seu nome em letras garrafais, descreve com olhos marejados a experiência de dividir o palco com Preta Gil. "Ela tem um magnetismo que poderia ofuscar qualquer um, mas escolheu iluminar quem estava ao seu lado", confessa, ainda emocionada.
O encontro musical aconteceu num evento privado no Rio, ano passado. "Cheguei tremendo como vara verde", admite a artista, "mas ela me puxou pra perto como se fôssemos velhas conhecidas". Detalhe curioso: Preta insistiu para que ambas vestissem tons de roxo — "sua cor da sorte", segundo a filha de Gilberto Gil.
O segredo nos bastidores
Nos camarins, longe dos holofotes, a estrela revelou seu lado mais humano. "Enquanto arrumava meu colar que tinha quebrado, ela contou histórias da infância com o pai". A conversa fluiu sobre desafios na carreira, preconceitos enfrentados e, claro, a paixão que ambas compartilham: a música como forma de resistência.
O ápice veio quando Preta sugeriu uma mudança de última hora no repertório. "Quero que você brilhe também", teria dito. E brilharam. A plateia nem suspeitava que aquela harmonia perfeita sequer tinha sido ensaiada.
Lições que ficaram
Mais do que memórias, a experiência deixou marcas:
- Generosidade artística vale mais que ego
- Vulnerabilidade no palco cria conexões reais
- "Estrelismo" é coisa do passado — colaboração é o novo luxo
"Até hoje, quando ouço uma música dela, me pego sorrindo sozinha", finaliza a cantora, enquanto afina o violão para seu próximo show. Quem sabe não rola uma nova parceria? O Rio — e a música brasileira — agradecem.