
Eis que o destino resolveu pregar uma peça no eterno rei do baião. Alceu Valença, aos 76 anos, se vê às voltas com um daqueles perrengues modernos que até caboclo matuto acharia surreal: sua mala sumiu no voo. Mas não era qualquer mala – era o baú mágico onde guardava figurinos que contam histórias, peças únicas que vestem décadas de carreira.
O caso aconteceu nesta terça-feira (23), quando o artista desembarcou em São Paulo para uma série de shows. A Gol, responsável pelo voo, simplesmente deixou a bagagem especial no aeroporto de origem. Detalhe cruel: justo quando Alceu se preparava para subir ao palco no Teatro Santander.
O desabafo nas redes
Nas redes sociais, o cantor não disfarçou a frustração: "É uma situação complicada. Esses figurinos não se compram em loja, são feitos sob medida, têm minha identidade artística". A postagem, que viralizou rapidamente, mostrava Alceu mais preocupado com a perda cultural do que com o transtorno logístico.
Entre os itens perdidos:
- Camisas bordadas à mão que levam semanas para ficar prontas
- Chapéus personalizados que viraram marca registrada
- Acessórios artesanais colecionados ao longo dos anos
A resposta da Gol
Procurada, a companhia aérea emitiu nota padrão – daquelas que todo mundo já cansou de ler. Prometeram "fazer o possível para localizar a bagagem", mas Alceu sabe: tempo é o que não tem. Seus fãs, é claro, já começaram uma campanha nas redes com a hashtag #AcheAMalaDoAlceu.
Enquanto isso, o show deve continuar. O artista, conhecido por seu profissionalismo, provavelmente subirá ao palco com o que tiver à mão. Mas uma coisa é certa: vai faltar aquela pitada especial que só os figurinos originais proporcionam. Como ele mesmo disse: "Não é só roupa, é memória afetiva do meu trabalho".