
O Maracanã não era apenas um estádio na noite desta quarta-feira; era um caldeirão de esperanças renovadas. E que espetáculo a Seleção Brasileiro ofereceu! Diante de um Chile que parecia perdido em campo, o Brasil aplicou uma sonora goleada por 4 a 0, um resultado que não reflete nem metade do domínio absoluto que os comandados de Dorival Júnior tiveram durante os 90 minutos.
O que dizer do menino Endrick? Aos 18 anos, ele não joga futebol, ele assina obras de arte. Foi ele quem abriu o placar ainda no primeiro tempo, finalizando com uma frieza de veterano após uma jogada simplesmente genial de Raphinha. O estádio inteiro veio abaixo – aquele grito gutural que só o futebol brasileiro é capaz de provocar.
E se o primeiro tempo foi bom, o segundo foi… bem, foi para enquadrar e colocar na parede. Logo aos 5 minutos, quem aparece? Vinicius Jr, é claro. Aparece de forma não convencional, quase que por instinto, para ampliar e calar de vez qualquer murmúrio de dúvida. O terceiro veio dos pés (ou da cabeça, brincadeira!) de Rodrygo, que finalmente parece ter encontrado sua química com Vini Jr em campo.
Para coroar a noite quase perfeita – porque perfeição mesmo só se não tomássemos aquele susto com o chileno no começo –, Éder Militão subiu como ninguém e desviou de cabeça para fazer o quarto. Um delírio coletivo.
O Sistema Funcionou (E Como!)
Dorival Júnior, aquele que muitos duvidavam, parece ter encontrado a chave do cofre. O time não apenas venceu; ele *entendeu* a partida. A transição defensiva-Ofensiva foi um relógio suíço, e o meio-campo, com Bruno Guimarães e João Gomes, deu uma aula de contenção e entrega. O Chile, coitado, mal conseguiu respirar.
É claro, sempre tem aquele 'porém', né? A zaga ainda deu um certo frio na barriga em pelo menos duas jogadas – Bento, com reflexos felinos, precisou aparecer para evitar o pior. Pequenos detalhes que em jogos mais equilibrados podem fazer diferença.
Mas hoje não é dia de criticar. Hoje é dia de celebrar. O Brasil não só venceu: ele convenceu. Mostrou personalidade, raça e, o mais importante, um futebol alegre de se ver. A torcida saiu do Maracanã cantando, assobiando e, quem sabe, já sonhando com o hexa.
Afinal, com uma exibição daquelas, quem não sonharia?