
Imagina a cena: você está num dos maiores festivais de música do país, cercado de gente bonita, som alto e uma energia contagiante. De repente, não é o nome de um artista que ecoa pelo crowd, mas um… pedido de socorro sanitário.
Pois é. No The Town, evento que agitou São Paulo, o que começou como um desconforto coletivo virou o meme mais imprevisto do ano. A galera, unida como num coral de estádio, começou a gritar “Papel hiiigiiêênico!” — e alguém, é claro, gravou tudo.
Não demorou nem cinco minutos para o vídeo estourar nas redes. Twitter, Instagram, TikTok… todo mundo compartilhando a cena, rindo, zoando, mas também criticando. Porque, vamos combinar, num evento desse porte, com ingresso caro e produção milionária, falta de papel no banheiro é pra pegar mal, né?
Não foi só reclamação — foi protesto com humor
O que mais chamou atenção foi o tom. Não era raiva pura, era quase uma performance. Uma ironia fina, tipicamente paulistana, diante da falta de básico. As pessoas riam enquanto gritavam. Cantavam quase. Foi constrangedor e engraçado ao mesmo tempo — do tipo que só acontece quando brasileiros resolvem protestar.
E claro, a internet fez a sua parte:
- Memes comparando o grito a hits do momento;
- Piadas com a “voz do povo” sendo ouvida, mas só no banheiro;
- Até perfil de empresa se oferecendo para doar rolos — marketing espontâneo da melhor qualidade.
Teve até quem dissesse que foi o momento mais autêntico do festival. Quem sabe não rende um jingle publicitário no futuro?
Por trás do viral: a logística (ou falta dela) dos grandes eventos
Mas além da zoeira, o episódio levantou uma discussão séria. Será que a produção subestimou a necessidade real dos banheiros? Ou será que o público, em meio à euforia, esqueceu de avisar com antecedência?
Festivais como The Town recebem centenas de milhares de pessoas. A estrutura precisa ser impecável — e isso inclui itens básicos, como papel higiênico, sabão e água. Senão, vira notícia — e não do jeito que a organização quer.
Já dizia meu avô: “detalle faz a diferença”. E não é que ele tinha razão?
No fim, a situação foi resolvida — mas o grito já tinha virado história. Mais um capítulo da cultura de festival no Brasil: imprevisível, engraçado e… um pouco nojento.
E aí, você teria gritado também?