Não foi só uma estrela no chão. Foi um pedaço da história do futebol brasileiro cravado no asfalto sagrado do Maracanã. Nesta quinta-feira (18), Carlos Alberto Parreira — aquele mesmo que nos levou ao Tetra em 1994 — ganhou seu lugar na Calçada da Fama do estádio. E olha, gente, teve até lágrima de emoção.
Quem viu o velho Maracanã lotado nos anos 90 não esquece: Parreira era o sujeito de óculos escuros e postura serena que comandou Romário, Bebeto e cia. na conquista que tirou o Brasil da fila de 24 anos sem Copa. Agora, seu nome tá lá, entre Pelé, Garrincha e outros deuses da bola.
"Parece que foi ontem", diz técnico emocionado
"Quando pisquei, já tinham passado 30 anos", brincou o técnico, agora com 81 anos, ao ver sua placa. Dava pra ver nos olhos dele aquele brilho — meio nostalgia, meio orgulho. Até quem não é muito de futebol entenderia: ali não era só um nome, era a lembrança viva daquele time que parou o país em 17 de julho de 1994.
E não pense que foi só jogador famoso que apareceu. Tinha desde o garoto que pegou busão só pra tirar foto até o velho torcedor com camisa amarela desbotada. Todo mundo querendo um pedacinho daquela memória.
O que mais rolou na cerimônia?
- Discursos que misturavam dados técnicos ("ele usou 22 jogadores naquela Copa") com causos de bastidor ("lembro quando o Romário quase brigou com...")
- Vídeos da final contra a Itália passando num telão — e a galera cantando "Tetra! Tetra!" como se fosse ontem
- Até o neto do técnico apareceu, mostrando que o legado vai além dos gramados
Ah, e detalhe: a estrela dele ficou bem perto da entrada principal. Simbólico, né? Afinal, foi com times organizados e entrando em campo com estratégia que Parreira marcou época. Não à toa, depois do Tetra, ainda treinou mais três Copas — recorde absoluto entre brasileiros.
Enquanto isso, nas redes sociais, o papo era outro. "Cadê a homenagem pro Zagallo?", perguntavam alguns. Outros lembram: "Esse homem merece até estátua". Polêmicas à parte, uma coisa é certa: o Maracanã agora tem mais um pedaço da nossa alma futebolística eternizado no concreto.
