
Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 foram palco de uma das maiores polêmicas do boxe feminino. A medalhista de ouro na categoria peso-médio foi confirmada por exames como um homem biológico, reacendendo o debate sobre inclusão e fair play no esporte profissional.
O caso que divide opiniões
Após sua vitória esmagadora na final, atletas e especialistas questionaram a vantagem física da competidora. Exames médicos encomendados pelo Comitê Olímpico Internacional confirmaram que a atleta nasceu biologicamente como homem, mas compete na categoria feminina há três anos, seguindo as regras atuais de inclusão.
Reações no mundo esportivo
Boxeiras profissionais manifestaram indignação: "Treinamos a vida toda para competir em igualdade. Isso não é justo", declarou uma das adversárias eliminadas. Por outro lado, ativistas LGBTQIA+ defendem a participação: "O esporte deve ser inclusivo. Critérios hormonais já são considerados".
O que dizem as regras?
Atualmente, o COI permite que atletas trans competam na categoria feminina se mantiverem níveis de testosterona abaixo de 10 nmol/L por pelo menos 12 meses antes da competição. Especialistas em fisiologia esportiva, porém, alertam que vantagens ósseas e musculares podem persistir por anos.
O futuro do esporte feminino
O caso deve acelerar discussões sobre novas regulamentações. "Precisamos equilibrar inclusão e competição justa", admitiu um porta-voz do comitê organizador, enquanto federações esportivas já preveem revisão de normas para os próximos jogos olímpicos.