Era pra ser só mais uma segunda-feira qualquer no Botafogo, mas o clima no Ninho do Urubu tinha um quê de coisa grande no ar. Davide Ancelotti — sim, aquele Ancelotti — chegou pra valer no clube, e deixou claro: não veio pra fazer turismo.
"Estou 100% com o Botafogo", soltou o filho do lendário técnico italiano, com um sorriso que misturava nervosismo e determinação. A galera presente na coletiva quase não acreditou — afinal, quem diria que um Ancelotti vestiria a camisa alvinegra com tanto amor?
Nem pai, nem fama: o jogo é outro
Dá pra entender a desconfiança inicial. Filho de um dos maiores treinadores da história, Davide poderia facilmente viver à sombra do sobrenome. Mas o que se viu foi um cara que parece ter herdado a tranquilidade do pai, mas quer escrever a própria história.
"Sei que as comparações virão", admitiu, encarando os jornalistas com uma naturalidade que surpreende. "Mas meu foco é no trabalho, no dia a dia." Simples assim. Sem firulas, sem discurso ensaiado — só aquele jeito direto que os torcedores adoram.
O que esperar do novo reforço?
Olha só: o rapaz chega pra integrar a comissão técnica, mas traz consigo uma bagagem que poucos da idade dele podem ostentar. Aprendizado direto com o velho Ancelotti? Tem. Experiência em clubes gigantescos como Real Madrid e Bayern? Também. Mas o que realmente chamou atenção foi a vontade de se adaptar.
- Já começou aulas de português (e pelo jeito, vai sofrer com as gírias cariocas)
- Prometeu conhecer a fundo a história do clube — e não só os títulos recentes
- Fez questão de destacar o projeto esportivo como fator decisivo na escolha
Numa época em que o futebol virou negócio globalizado, ver um profissional jovem abraçar um projeto com tanta entrega é... refrescante, pra dizer o mínimo.
E a torcida? Ah, a torcida já adotou. Nas redes sociais, os memes não pararam de surgir — desde comparações com o pai até brincadeiras sobre "mais um italiano pra sofrer no Brasil". Mas no fundo, todo mundo sente: pode ser o início de uma bela história.
Resta saber se o Botafogo acertou em cheio ou se vai ser mais um capítulo daqueles que a gente lembra com um "e se...". Mas pelo primeiro impacto, a aposta parece promissora. Como diriam os antigos: o tempo — e os jogos — dirão.
