O mundo da arte e da política está de luto. Nesta sexta-feira (23), políticos de diversas esferas do poder no Brasil expressaram seu pesar pela morte do icônico fotógrafo Sebastião Salgado, aos 80 anos.
Salgado, reconhecido internacionalmente por suas obras que retratam questões humanitárias e ambientais, deixou um legado que transcende fronteiras. Sua morte foi confirmada por familiares, mas a causa ainda não foi divulgada.
Reações no cenário político
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos primeiros a se manifestar. Em suas redes sociais, o mandatário destacou: "Perdemos hoje um dos maiores artistas brasileiros. Sebastião Salgado mostrou ao mundo a beleza e a dor da humanidade através de suas lentes."
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, também prestou homenagem: "Um mineiro que encheu o mundo de orgulho. Sua obra é um patrimônio da humanidade." Salgado nasceu em Aimorés, cidade do interior mineiro.
Legado artístico e ambiental
Além da fotografia, Salgado era conhecido por seu trabalho ambiental. Junto com sua esposa, Lélia Wanick Salgado, ele fundou o Instituto Terra, organização dedicada à recuperação da Mata Atlântica em Minas Gerais.
O ministro do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou essa faceta do artista: "Sebastião não apenas registrou a natureza, mas lutou por sua preservação. Seu instituto é prova viva de seu compromisso com o planeta."
Reconhecimento internacional
Com trabalhos expostos nos principais museus do mundo, Salgado recebeu inúmeros prêmios, incluindo o Prêmio Príncipe das Astúrias em 1998. Sua série mais conhecida, "Êxodos", documentou o deslocamento de populações ao redor do globo.
O secretário de Cultura do Rio de Janeiro, Carlos Minc, lembrou: "Ele nos ensinou a ver o mundo com outros olhos. Cada foto sua era um manifesto silencioso por justiça social."
O corpo do fotógrafo será velado na próxima segunda-feira (26) em local ainda a ser definido. A família pediu privacidade neste momento de luto.
