Sean Penn Entra de Cabo a Rabo em Filme Brasileiro: 'Manas' Ganha Força no Caminho do Oscar
Sean Penn produz 'Manas', filme brasileiro cotado para o Oscar

Eis uma notícia que vai agitar o cenário cinematográfico nacional e, quem sabe, internacional. Sean Penn, aquele mesmo dos filmões e das posições políticas arretadas, resolveu botar a mão na massa – ou melhor, no cinema brasileiro. Ele acaba de assumir o posto de produtor executivo do longa Manas, dirigido por ninguém menos que Susanna Lira.

Não é todo dia que um dois-Oscar resolve abraçar uma produção daqui com tanto afinco. Penn não vai ser só um nome bonito nos créditos; ele tá metido no processo criativo, na divulgação e, claro, na estratégia para fazer esse filme voar longe. E olha, com o histórico dele, é de se esperar que as portas dos festivais mais chiques se abram com um pouco mais de facilidade.

Mas espera aí: do que se trata 'Manas'?

O filme mergulha na história real de três irmãs – daí o título, né? – que viram suas vidas virar de ponta-cabeça depois de um crime brutal que manchou a família. É daquelas narrativas pesadas, cheias de camadas, que a Susanna Lira sabe explorar como poucos. Sem dar spoiler, é um trabalho sobre resistência, laços familiares e uma busca incansável por justiça.

Penn não entrou de paraquedas. Ele já conhecia o trabalho anterior da Lira, À Espera, e ficou impressionado com a sensibilidade dela para contar histórias duras sem perder o humanismo. Daí pra frente foi um passo: assistiu ao material bruto de Manas e topou na hora. Disse até que se identificou com a força das personagens – e isso, vindo dele, é elogio pra ninguém botar defeito.

E o que isso significa para o Oscar?

Bom, todo mundo sabe que uma produção não vira favorita só porque tem um nome famoso envolvido. Mas ajuda. E ajuda muito. A máquina de campanha awards é complexa, cara e exige contatos que Penn tem de sobra. A estratégia provavelmente inclui uma estreia em um festival grande – Veneza? Toronto? – e depois uma campanha focada na categoria de Melhor Filme Internacional.

Não é fantasia não. A equipe por trás do filme já está desenhando um plano agressivo, e com o novo produtor executivo a bordo, as chances de chegar lá aumentaram – e muito.

Além do impacto awards, a chegada de Penn joga holofotes sobre todo o cinema brasileiro. Mostra que a gente produz coisa de qualidade, do balacobaco, e que merece atenção global. É uma daquelas jogadas que pode, quem sabe, abrir portas para outros diretores e produtores daqui.

Enfim, fiquem de olho. Manas promete e, com Sean Penn no time, a coisa ficou séria – no bom sentido. As gravações rolaram inteiras no Brasil, e a previsão de estreia é para o segundo semestre do ano que vem. Até lá, o burburinho só vai aumentar.