
Eis que a velha discussão sobre censura no cinema volta à tona — e dessa vez o alvo é ninguém menos que o Homem de Aço. Uma versão do filme Superman, exibida em território não revelado (mas que todo mundo já está tentando adivinhar), teve cenas de beijo entre dois personagens masculinos sumariamente cortadas.
Não é de hoje que rolam essas tesouradas em produções audiovisuais, mas dessa vez o estrago foi maior. Os fãs, claro, ficaram com os cabelos em pé. "É um retrocesso absurdo", disparou um usuário nas redes sociais, enquanto outros questionavam: até quando histórias de amor queer serão tratadas como conteúdo "inapropriado"?
O que foi cortado?
As cenas em questão mostravam o icônico herói — sim, o Superman mesmo — trocando carícias com outro homem. Nada explícito, apenas demonstrações de afeto que qualquer casal hétero exibe tranquilamente em milhares de filmes. Mas parece que quando se trata de relacionamentos LGBTQIA+, a régua moral muda drasticamente.
E olha que a produção nem era tão ousada assim! (Digo, estamos em 2023 ou voltamos para os anos 50?) A edição foi feita sem alarde, mas bastou um espectador atento notar a diferença para o caso virar um verdadeiro vespeiro nas redes.
Reações divididas
Enquanto parte do público comemora a censura — "finalmente respeitam nossos valores" —, a maioria esmagadora das críticas vem carregada de indignação:
- "Isso é pura homofobia disfarçada de 'proteção familiar'"
- "Daqui a pouco vão censurar até os arco-íris"
- "Superman é fictício, mas o preconceito é bem real"
E tem mais: especialistas em direitos humanos já começaram a se pronunciar, lembrando que esse tipo de atitude viola princípios básicos de representatividade. Será que os estúdios vão engolir essa censura calados? Difícil dizer, mas a pressão popular parece estar só começando.
Enquanto isso, fica aquele gosto amargo de que, mesmo com todo o progresso dos últimos anos, ainda tem gente que acha que amor entre pessoas do mesmo sexo é algo a ser escondido. Triste, não? Mas a discussão está aí — e agora é esperar para ver quantos outros países vão seguir esse caminho.