Documentário 'Ainda Estou Aqui' Conquista Prêmio Internacional Um Ano Após Estreia
Documentário "Ainda Estou Aqui" ganha prêmio internacional

Quem diria, não é mesmo? Um ano se passou desde aquela estreia discreta – quase tímida – e eis que Ainda Estou Aqui teima em não ser esquecido. Pelo contrário: volta aos holofotes com mais uma taça na mão.

Dessa vez, o reconhecimento veio de longe. O Prix Marcelline, concedido pelo prestigiado Festival de Cinema de Toulon, na França, escolheu justamente esse documentário brasileiro para figurar entre seus vencedores. Uma honra que não chega por acaso.

O longa, uma criação sensível da diretora Petra Costa, mergulha fundo na vida de mulheres idosas que residem sozinhas. Não é só sobre solidão, claro. É sobre resiliência, memórias que não se apagam e uma força quieta que desafia o esquecimento social.

Um filme que resiste – e como!

Logo depois do lançamento, veio o primeiro troféu: o Grande Prêmio do Júri no É Tudo Verdade, maior festival de documentários da América Latina. Agora, o Prix Marcelline consolida uma trajetória que muitos filmes independentes sonham em ter.

O que faz esse trabalho ecoar tanto? Talvez seja a honestidade crua. A câmera não invade; acompanha. Mostra rotinas, silêncios, pequenos rituais domésticos. São histórias miúdas que, juntas, formam um retrato colossal da condição humana.

Não é prêmio que falta

  • Grande Prêmio do Júri (É Tudo Verdade, 2023)
  • Melhor Direção (Festa do Cinema Brasileiro, 2023)
  • Prêmio do Público (Festival de Tiradentes, 2023)
  • E agora, o Prix Marcelline (Festival de Toulon, 2024)

É uma coleção que impressiona – e enche o cinema nacional de orgulho. Petra Costa, aliás, já tinha um nome consolidado com obras como Olmo e Gaivota e Elena. Mas este, cá entre nós, parece carregar uma urgência diferente.

O filme segue em cartaz em algumas salas do país e também está disponível em plataformas digitais. Quem ainda não viu, está perdendo um pedaço importante do que o audiovisual brasileiro tem de melhor: humanidade, pura e simples.

E aí, vai ficar aí parado? A história dessas mulheres merece ser vista. E celebrada.