Tragédia em Contagem: Vizinho mata jovem de 21 anos após acusações de furto
Vizinho mata jovem por suspeita de furtos em Contagem

Era pra ser mais uma quarta-feira comum no bairro Santa Edwirges, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Mas o que aconteceu na tarde dessa última quarta-feira (28) não tem nada de comum — é daquelas coisas que a gente lê e fica se perguntando até onde vai a falta de diálogo entre vizinhos.

Um homem de 21 anos, cheio de vida pela frente, teve tudo interrompido de forma brutal. Algo tão definitivo, tão irreversível. E tudo porque um vizinho — sim, alguém que provavelmente cumprimentava nas escadas ou no portão — decidiu fazer justiça com as próprias mãos.

A história, contada pelos pedaços que a polícia vai juntando, é mais ou menos assim: o suspeito, um homem de 46 anos, estava há tempos com a pulga atrás da orelha. Achava que o jovem estava envolvido em uns furtos pela região. Ao invés de chamar a polícia, resolver a parada no diálogo ou sei lá, qualquer coisa menos radical, ele armou uma emboscada.

O que testemunhas contam

Segundo quem viu a cena se desenrolar — e imagino a dificuldade que deve ser ter que lembrar desses detalhes —, o mais velho chamou o jovem para conversar. Aí, do nada, sacou de uma faca. Ataque à traição, covarde. Desferiu golpes contra o rapaz, que não teve chance de se defender.

O que se viu depois foi correria, desespero. O jovem ainda foi levado para o hospital, mas já chegou sem vida. Que cena triste, meu Deus. Enquanto isso, o autor do crime simplesmente… fugiu. Deixou para trás a família da vítima com uma dor que não vai embora nunca mais.

E agora, José?

A Polícia Militar corre atrás do suspeito. Até agora, ele não foi encontrado — e isso me faz pensar em quantos lugares uma pessoa consegue se esconder quando a consciência deve estar pesada. O caso tá sendo investigado como homicídio, obviamente, e a delegacia de Plantão do Centro de Contagem assumiu as investigações.

É mais um daqueles casos que escancaram um problema sério: a tal da “justiça pelas próprias mãos”. Gente que acha que pode ser juiz, júri e executor. O resultado? Tragédias anunciadas que deixam todo mundo perdendo — principalmente famílias que perdem seus jovens de forma absurda.

Enquanto o suspeito não é preso, a pergunta que fica é: será que valeu a pena? Matar alguém por suspeita? Destruir duas vidas — a da vítima e a do algoz — por conta de uma suposição? A resposta, claro, é óbvia. Mas parece que pra alguns, a razão simplesmente desaparece quando a raiva toma conta.