Jovem de 18 anos é assassinado após perseguição na Bomba do Hemetério, em Recife
Jovem executado após perseguição na Bomba do Hemetério

Era pra ser mais uma noite qualquer na Bomba do Hemetério, bairro agitado da Zona Norte do Recife. Mas o barulho de motores acelerados e tiros consecutivos cortou o ar por volta das 22h desta sexta-feira (26). Quando a poeira baixou, um jovem de 18 anos — identidade ainda não divulgada — jazia no chão, atingido por múltiplos disparos.

Testemunhas contam que a vítima foi perseguida por dois homens em uma motocicleta antes do crime. "Ouvi os gritos, depois uns cinco estouros secos. Quando olhei, ele já estava caído", relata um comerciante que preferiu não se identificar — medo, sabe como é nesses lugares.

Cena do crime

A Polícia Militar chegou rápido, mas os assassinos já tinham sumido feito fumaça. No asfalto, só restavam as marcas dos pneus em fuga e um celular destruído — provavelmente da vítima. Os peritos trabalharam até de madrugada, recolhendo cápsulas de 9mm e fazendo os primeiros levantamentos.

"A gente vive cercado de histórias assim, mas nunca acostuma", desabafa uma moradora de 62 anos enquanto observa a cena pela janela. Ela tem razão: só neste ano, o Hemetério registrou pelo menos outros três homicídios com o mesmo modus operandi — moto, perseguição e execução.

Quem era o jovem?

Até o momento, a polícia mantém sigilo sobre a identidade do adolescente. Mas fontes extraoficiais sugerem que ele teria passagens por pequenos delitos — nada que justifique tamanha violência, claro. Familiares, arrasados, se recusaram a dar entrevistas.

O caso agora está nas mãos do Departamento de Homicídios. Investigadores acreditam que o crime tenha ligação com facções que disputam pontos de venda na região. "É uma guerra silenciosa que ninguém quer ver", comenta um delegado que pediu anonimato.

Enquanto isso, na Bomba do Hemetério, a vida segue seu curso — com medo, desconfiança e aquela pergunta que não quer calar: quem será o próximo?