
Era pra ser mais uma noite comum em Natal, mas o que começou como um silêncio rotineiro terminou em tragédia. Por volta das 23h desta terça-feira (5), um cidadão — identidade ainda não revelada — foi encontrado dentro de um carro, na Zona Leste da cidade, com marcas de tiros. A cena? Digna de filme policial, mas infelizmente real.
Testemunhas que passavam pelo local ouviram os disparos e, ao se aproximarem, depararam-se com o homem já semiconsciente. "Parecia que ele tentava falar alguma coisa, mas o sangue... era muito", contou um morador que preferiu não se identificar — afinal, quem quer aparecer em meio a um caso desses?
Corrida contra o tempo
O SAMU chegou rápido, mas não rápido o suficiente. Os paramédicos fizeram o possível — compressões, tentativas de estancar o sangramento —, mas os ferimentos eram graves demais. Naquele asfalto quente do Rio Grande do Norte, a vida escorria entre os dedos da equipe médica.
- Onde: Rua secundária próxima ao Conjunto Santa Catarina
- Quando: Entre 22h30 e 23h15, segundo os primeiros boletins
- Arma: Provavelmente pistola, pelo calibre dos orifícios
E agora? A Delegacia de Homicídios assumiu o caso, mas até o fechamento desta matéria, nenhum suspeito havia sido detido. "Pode ter sido briga de tráfico, acerto de contas ou até crime passional", especulava um investigador, sob condição de anonimato. A falta de testemunhas dispostas a falar complica tudo.
Números que assustam
Só este ano, Natal já registrou 14% mais homicídios que no mesmo período de 2024. Os bairros da Zona Leste concentram 37% desses casos — estatística que não surpreende quem vive na região. "A gente ouve tiro como se fosse foguete de São João", desabafa uma comerciante local.
Enquanto isso, o carro — um HB20 prata, ano 2019 — segue no pátio do Itep. Lá, peritos vasculham cada centímetro atrás de digitais, resíduos de pólvora, qualquer pista que possa levar aos responsáveis. Nas redes sociais, familiares do morto postam fotos antigas com mensagens de desespero. "Era um pai de família", diz uma prima em vídeo choroso.
A cidade espera respostas. Mas no ritmo atual, elas podem demorar — ou nunca chegar.