
Era pra ser mais um dia comum na poeirenta divisa entre Amapá e Pará, mas o que aconteceu naquela tarde de segunda-feira vai ecoar por anos. Dois PMs — aqueles que deveriam proteger — agora estão atrás das grades, acusados de transformar uma operação de rotina em cena de horror.
Segundo testemunhas (que só falaram sob condição de anonimato, com medo de represálias), os policiais teriam "perdido a linha" após uma discussão com moradores locais. O que começou como troca de farpas terminou em sangue — muito sangue.
Os detalhes que arrepiam
O delegado responsável pelo caso, um veterano que já viu de tudo em 30 anos de carreira, confessou estar "enojado" com as cenas encontradas. "Não eram alvos armados, eram pessoas comuns — inclusive um adolescente de 17 anos", disse, visivelmente abalado.
Eis o que se sabe até agora:
- Os PMs alegaram "confronto", mas as câmeras de segurança contam outra história
- Pelo menos 5 vítimas foram executadas a queima-roupa
- Uma das vítimas estava de mãos para cima quando levou o tiro fatal
Nas redes sociais, a comoção foi imediata. "Isso aqui tá virando terra sem lei", escreveu uma moradora, enquanto compartilhava vídeos do local — imagens tão chocantes que várias plataformas removeram por violar políticas de conteúdo.
O outro lado da moeda
Os advogados dos acusados — sim, eles conseguiram defensores — argumentam que os PMs agiram em "legítima defesa" após serem "recebidos a tiros". Só que... cadê as armas das vítimas? Até agora, nada foi encontrado.
Enquanto isso, nas ruas de Santana (cidade vizinha ao local do crime), o clima é de revolta misturada com medo. "Se nem quem devia nos proteger tá matando, pra quem a gente vai correr?", questiona um comerciante local, fechando mais cedo sua loja — precaução compreensível.
O caso já chegou aos ouvidos do governador, que prometeu "apuração rigorosa". Mas, entre nós, quantas vezes já ouvimos isso antes? Desta vez, porém, as evidências são difíceis de ignorar — e a pressão pública está atingindo níveis explosivos.