Campinas em alerta: Duas regiões concentram quase metade dos homicídios no primeiro semestre de 2025
Campinas: 2 regiões têm 47% dos homicídios em 2025

Os números não mentem — e em Campinas, eles contam uma história preocupante. No primeiro semestre de 2025, duas regiões específicas da cidade foram palco de quase metade de todos os assassinatos registrados. Um padrão que se repete ano após ano, deixando moradores em estado de alerta constante.

Segundo levantamentos oficiais (aqueles que costumam ficar engavetados), os distritos da Região Noroeste e do Jardim São Marcos concentraram 47% dos casos. Isso significa que, enquanto algumas áreas respiram aliviadas, outras vivem sob o que muitos chamam de "toque de recolher não oficial".

O retrato da desigualdade criminal

Não é novidade para quem mora aqui: a violência tem CEP certo. Enquanto o Centro e alguns bairros nobres registram índices ínfimos, nessas duas regiões os números são assustadores. "É como se existissem duas Campinas diferentes", comenta um morador que prefere não se identificar — com razão.

  • Região Noroeste: 28% dos homicídios
  • Jardim São Marcos: 19% dos casos
  • Demais regiões: dividem os 53% restantes

Os especialistas — aqueles que realmente entendem do assunto, não os de plantão na TV — apontam um coquetel explosivo: falta de infraestrutura básica, pouca presença do Estado e, claro, o velho conhecido tráfico de drogas. "Não adianta só aumentar o policiamento se não vier acompanhado de políticas sociais", dispara uma pesquisadora da área.

E agora, o que fazer?

Enquanto as autoridades discutem planos mirabolantes (que muitas vezes não saem do papel), os moradores seguem criando suas próprias estratégias de sobrevivência. Alguns instalaram câmeras, outros organizam grupos de vigilância comunitária. "A gente se vira como pode", resume Dona Maria, que há 20 anos vive no Jardim São Marcos.

O que mais assusta? A sensação de que isso virou normal. Como se fosse aceitável que certas áreas da cidade vivessem sob lei própria. Será que em 2026 os números serão diferentes? Ou vamos continuar nesse ciclo interminável?