
Um laudo pericial escancarou o que muitos já desconfiavam: o jovem de 22 anos que morreu após bater sua motocicleta num poste em João Pessoa tinha um projétil alojado no corpo. Detalhe macabro? O disparo partiu de armamento da Polícia Militar minutos antes do acidente.
Segundo testemunhas — que preferiram não se identificar, claro —, a cena foi digna de filme de ação mal dirigido. A moto ziguezagueava desgovernada depois que os PMs iniciaram uma "checagem de rotina" que terminou em tiros. "Parecia que o garoto tentava fugir de algo muito pior que multa", soltou um vendedor ambulante que viu tudo.
O que dizem os papéis
O documento técnico, mais frio que freezer de açougue, enumera:
- Ferimento de entrada nas costas compatível com projétil de arma curta
- Ausência de pólvora nas mãos da vítima (ou seja, ele não atirou)
- Danos na motocicleta sugerem colisão em alta velocidade
Curiosamente — ou não —, o relatório da PM menciona apenas "perseguição a suspeito" e omite qualquer menção aos disparos. Coincidência? O Ministério Público já abriu sorriso amarelo e promete "apurar com rigor".
Reações que falam mais que nota oficial
Enquanto isso, nas redes sociais:
- Familiares exigem justiça com fotos do jovem no velório
- Coletivos de direitos humanos organizam protesto para esta sexta
- Políticos da oposição usam o caso como exemplo de "polícia que mata primeiro"
Já a Secretaria de Segurança Pública limitou-se a soltar aquela nota padrão: "O caso está sob investigação e todos os procedimentos foram realizados conforme protocolos". Sabe aquele papo furado de sempre? Pois é.
Enquanto a burocracia gira em câmera lenta, uma família chora e um poste na Avenida Epitácio Pessoa ainda exibe marcas do impacto. Detalhe: fica a exatos 300 metros da delegacia mais próxima. Ironicamente perto, não?