Tragédia em Duque de Caxias: Criança morre e mulher fica ferida em tiroteio contra PM
Criança morre em tiroteio contra PM em Duque de Caxias

Não dá pra acreditar no que aconteceu na Baixada Fluminense nesta quarta-feira. Enquanto a maioria das pessoas se preparava para mais um dia comum, o barulho de tiros cortou o ar em Duque de Caxias — e o resultado foi desolador.

Por volta das 10h da manhã, um policial militar foi alvo de um ataque na Rua São Miguel, no bairro Jardim Primavera. Mas o que era pra ser mais um confronto rotineiro — infelizmente comum na região — acabou deixando vítimas inocentes no caminho.

O que se sabe até agora

Segundo testemunhas, tudo aconteceu rápido demais. Os disparos começaram de repente, como se fosse um rojão de fim de ano, só que com um som muito mais sinistro. No meio do fogo cruzado, uma bala perdida — dessas que nunca são realmente "perdidas", porque sempre acham alguém — atingiu uma casa próxima.

Dentro estavam uma mulher de 35 anos e uma criança de apenas 8 anos. A pequena não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Já a adulta foi levada às pressas para o Hospital Municipal Moacyr do Carmo, em estado grave mas estável.

O policial alvo do ataque, segundo a PM, não ficou ferido. Mas convenhamos: ninguém sai ileso de uma situação dessas, nem fisicamente nem psicologicamente.

Reações e buscas

Assim que a poeira baixou — no sentido literal da expressão —, a região ficou tomada por viaturas. Os agentes fecharam várias ruas do bairro enquanto procuravam pistas sobre os atiradores. Até agora? Nada concreto.

Moradores da área, que preferiram não se identificar (e quem pode culpá-los?), contaram que ouvem tiroteios com frequência, mas que desta vez foi diferente. "A gente já tá acostumado com barulho de tiro, mas quando é criança que morre... aí dói na alma", disse um senhor enquanto arrumava sua banca de frutas.

Enquanto isso, na delegacia, o caso já foi registrado como homicídio doloso e tentativa de homicídio. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) assumiu as investigações — que, diga-se de passagem, não devem ser fáceis numa região onde o medo muitas vezes cala mais que a justiça.

E agora?

A pergunta que fica é: até quando? Até quando vidas inocentes vão ser ceifadas nessa guerra sem sentido? Enquanto autoridades prometem "apurar com rigor" (frase que já virou clichê em casos como esse), uma família chora a perda de uma criança que mal começou a viver.

O Conselho Tutelar já foi acionado e deve acompanhar o caso de perto. Já a Secretaria Municipal de Saúde emitiu uma nota — daquelas padrões — lamentando o ocorrido e oferecendo apoio psicológico aos familiares.

Enquanto isso, no Jardim Primavera, o silêncio pesado tomou conta das ruas. Só interrompido, de vez em quando, pelo choro abafado de quem perdeu alguém querido. E pelo barulho distante de mais tiros, em algum outro lugar da cidade.