A tarde desta segunda-feira (26) em Salvador começou com o barulho seco de tiros ecoando pelas ruas do bairro de São Cristóvão. Não era um som qualquer — era o estampido de um confronto direto entre agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e um suspeito, que não mediu esforços para resistir à abordagem.
Parece que a operação, que vinha sendo planejada há tempos pelas forças de segurança, mirava desarticular uma rota de tráfico na área. E olha, não foi nada tranquilo. Segundo as primeiras informações, o homem — até então não identificado — reagiu de forma violenta ao ver a tropa especializada se aproximando.
Troca de tiros. Rapidinha, mas intensa. Do lado de cá, os policiais; do outro, o suspeito, armado e, pelo visto, disposto a tudo. No fim, ele não resistiu aos ferimentos. Morreu no local, mesmo com o suporte médico que foi acionado correndo.
Não foi operação isolada
Essa ação não tava sozinha, não. Tava dentro de uma operação integrada maior, a «Operação Impacto Baiano», que desde domingo (25) vem batendo em diferentes pontos da cidade. O objetivo? Combater tráfico, apreender armas e desmontar esquemas de criminalidade que assombram a região.
E não parou por aí. Além do ocorrido em São Cristóvão, a Polícia Militar ainda cumpriu mandados de busca e apreensão no bairro de Pernambués. Dois jovens, com 19 e 22 anos, foram detidos — suspeitos de integrar uma mesma organização criminosa.
Com eles, os PMs apreenderam uma espingarda artesanal — aquelas caseiras, que parecem inofensivas mas não são —, munições, porções de maconha, crack e até equipamentos de comunicação usados nas atividades ilegais.
E agora, o que diz a polícia?
O caso já foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios, que deve apurar com detalhes tudo o que rolou. O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para recolher o corpo — triste, mas necessário.
A PM, por sua vez, emitiu uma nota reforçando que age dentro da legalidade, mas que cada episódio como esse é investigado com rigor. «A prioridade é proteger vidas e garantir ordem», diz um trecho. Mas a pergunta que fica é: até quando cenas como essa vão se repetir?
Salvador vive dias tensos. E a população, claro, fica ali no meio — entre o alívio de uma operação que pode reduzir a violência e o medo de que um confronto desses aconteça perto de casa.
