Tiroteio no Rio: Áudio Revela Dúvida de PMs Antes de 18 Disparos Contra Motorista
Áudio mostra dúvida de PMs antes de 18 disparos no RJ

O que passa pela cabeça de um policial militar segundos antes de apertar o gatilho? Essa pergunta, que parece saída de um roteiro de cinema, ganhou contornos dramáticos com o vazamento de um áudio que está circulando nos bastidores da investigação.

O diálogo — capturado entre agentes da PMERJ durante aquela operação conturbada na Zona Oeste — é simplesmente arrepiante. Mostra que os próprios envolvidos não tinham certeza absoluta sobre qual carro havia realmente furado a blitz. Sim, você leu direito: dúvida.

"Acho que é esse...", diz uma voz, enquanto outra hesita. E então... dezoito tiros. Dezoito! Não foi um, não foram dois. Dezoito disparos que transformaram um veículo em algo parecido com uma peneira.

O que realmente aconteceu naquela noite?

Segundo testemunhas — e agora reforçado por esse registro em áudio —, a confusão começou quando não um, mas dois carros teriam desrespeitado a sinalização policial. Um deles seguiu rumo à Avenida Brasil, enquanto o outro entrou numa via de acesso local. E aí, meus amigos, a coisa degringolou feio.

Os PMs, claramente nervosos — quem não ficaria? —, discutiam entre si sobre qual dos dois veículos representava real ameaça. E no calor do momento, naquela adrenalina que só quem vive situação de risco conhece, a decisão foi tomada. A mais fatal das decisões.

As consequências de um erro possível

O motorista — que até agora não tinha passagem pela polícia — foi atingido múltiplas vezes. Sobreviveu, por um milagre que diriam divino se não fosse trágico. Agora enfrenta longa recuperação física, sem contar o trauma psicológico que carregará para sempre.

E os policiais? Bem, eles responderão por investigação interna e possivelmente judicial. Mas isso é pouco consolo para quem leva dezoito projéteis sem saber porquê.

O caso levanta questões que vão muito além deste episódio específico. Até que ponto o treinamento prepara nossos PMs para situações de alta pressão? Existem protocolos claros para quando há dúvida sobre identidade ou intenção de suspeitos? Ou simplesmente jogamos nossos homens fardados na linha de fogo e esperamos que acertem sempre?

O Rio de Janeiro — essa cidade maravilhosa e ao mesmo tempo tão violenta — precisa urgentemente desta conversa. Porque na próxima vez, o resultado pode ser ainda mais fatal.