
A noite de quinta-feira, 25 de setembro, transformou-se num pesadelo de cortar a respiração para uma moradora da zona norte de Sorocaba. O que começou como mais um dia comum rapidamente descambou para uma cena de horror digna de filme – só que, infelizmente, essa era a mais pura realidade.
Tudo aconteceu por volta das 22h, num clima que já estava pesado. Discussões conjugais, sabe como é? Às vezes começam com pouco e... bem, nesse caso, escalaram para algo que ninguém deveria viver. O marido, tomado por uma fúria que beira o inacreditável, pegou uma faca. Não era uma ameaça vazia.
Fuga Desesperada pela Própria Vida
Ela correu. Correu como se a vida dependesse disso – porque dependia mesmo. Pelo quintal da casa, cada segundo parecia uma eternidade. Dá pra imaginar o desespero? A respiração ofegante, o coração na boca, o medo concreto de que a próxima investida poderia ser a última.
O que me impressiona, sabe? É a coragem dela em meio ao caos. Enquanto tentava se distanciar do perigo, ainda teve a presença de espírito – ou seria instinto de sobrevivência? – de acionar o 190. "Ele está me ameaçando com uma faca!", gritou para a operadora. Uma frase curta, mas que carregava um mundo de terror.
A Chegada dos Agentes da Lei
Os PMs chegaram rápido, graças a Deus. Encontraram a cena: ele, ainda armado e claramente fora de si; ela, em estado de choque, mas viva. A tensão no ar era palpável, daquelas que dão nó no estômago. Os policiais precisaram usar de muita habilidade – e paciência, muita paciência – para convencê-lo a se render.
Conseguiram, afinal. O homem de 41 anos foi detido no flagrante. Levado para a delegacia, onde a realidade provavelmente começou a bater mais forte. Enquanto isso, ela fez o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. Marcas físicas talvez sejam passageiras, mas as psicológicas... essas duram.
O que Acontece Agora?
- O agressor responde por ameaça e lesão corporal
- A Justiça determinará as medidas cabíveis
- A vítima recebeu orientações sobre rede de proteção
Casos como esse me fazem pensar na quantidade de mulheres que vivem situações similares caladas. Quantas não têm sequer a chance de fazer aquela ligação desesperada? A coragem dessa moradora de Sorocaba é, ao mesmo tempo, inspiradora e triste. Inspiradora pela força, triste pela necessidade.
O registro na Delegacia de Defesa da Mulher segue seu curso. Um processo que, esperamos, traga algum tipo de justiça – ainda que justice completa seja difícil nesses casos. A violência doméstica continua sendo uma chaga social que insiste em nos assombrar.