O tribunal de justiça do Piauí acabou de dar um veredito que ecoa como um trovão em plena seca. Dois homens, agora condenados por crimes hediondos contra mulheres, somam entre si nada menos que 47 anos atrás das grades.
Um deles, condenado a 27 anos, praticou uma sequência de horrores: cárcere privado, tortura, lesão corporal e ameaça. O outro, com 20 anos de pena, respondia por tentativa de feminicídio — aquele crime que gelha o sangue de qualquer um.
Os detalhes que doem
O primeiro caso é de arrepiar. A vítima ficou presa dentro de casa, sofrendo agressões físicas e psicológicas repetidas. E olha que o sujeito ainda ameaçava matar ela, como se não bastasse o inferno que já impunha.
Já o segundo... bem, tentou mesmo tirar a vida da mulher. Feminicídio na veia, mas frustrado — graças a Deus, ou ao acaso, ou à intervenção de alguém. A Justiça não perdoou.
Repercussão e um suspiro (meio) aliviado
Não é todo dia que a gente vê sentenças assim. Quase cinquenta anos somados! Dá um alívio? Dá. Mas também preocupa — porque mostra o tanto que ainda acontece calado, entre quatro paredes.
O Ministério Público, claro, comemorou. Disse que a decisão manda uma mensagem clara: violência contra mulher tem que dar cadeia. E muita.
E as penas foram mesmo pesadas. Não houve benevolência — e ainda bem, né? Crimes como esses não podem passar em branco.
Agora, os dois respiram pelo mesmo buraco da fechadura. Presos, aguardando os recursos — que sempre tentam, mas dificilmente vão mudar uma condenação dessa magnitude.
Fica o recado, dolorido mas necessário: a Justiça pode até demorar, mas quando chega, chega com peso. E que continue chegando.
