
O silêncio pesado que caiu sobre o município de Itapetinga, no sudoeste da Bahia, nesta segunda-feira (12), não esconde o horror que se abateu sobre uma família comum — ou pelo menos era, até o nascer do sol. Um pai, cujo nome ainda não foi divulgado pelas autoridades, está sendo tratado como principal suspeito de ter ceifado a vida do próprio sangue: seu filho de 22 anos.
Segundo relatos de vizinhos — aquelas testemunhas involuntárias que sempre sabem mais do que deveriam — tudo começou com uma discussão banal. Aquele tipo de bate-boca que toda família tem depois do jantar, sabe como é? Só que dessa vez, o pavio curto de alguém transformou palavras em ação fatal.
O que se sabe até agora
A polícia chegou ao local por volta das 23h30 de domingo, após ligações anônimas falando em gritaria e — pasmem — tiros. No quintal da casa simples, o jovem jazia sem vida. O pai, visivelmente alterado, foi detido no local sem resistência.
"A gente ouvia eles brigando desde a semana passada", contou uma vizinha que pediu para não ser identificada — porque no interior todo mundo se conhece, e ninguém quer falar demais. "Mas nunca imaginei que ia terminar assim..."
Os detalhes que arrepiam
- A arma do crime seria um revólver calibre 38, registrado em nome do suspeito
- Testemunhas afirmam que a discussão girava em torno de dívidas e "desrespeito"
- O Instituto Médico Legal já realizou a autópsia, mas os resultados não foram divulgados
O delegado responsável pelo caso, em entrevista rápida à imprensa, foi cauteloso: "Estamos apurando todos os ângulos. Aparentemente foi um crime passional, mas não podemos descartar nenhuma hipótese". Frase pronta de quem já viu demais na carreira.
Enquanto isso, nas ruas de terra batida do bairro, o burburinho não para. Uns falam em legítima defesa, outros em loucura momentânea. A verdade? Só o tempo — e a justiça, se é que ela existe nesses casos — vai dizer.
O suspeito deve passar por audiência de custódia ainda nesta terça-feira (13). Até lá, a cidade pequena continua respirando o mesmo ar pesado, onde cada olhar carrega perguntas sem resposta.