
Imagine a cena: uma rua tranquila em São Carlos, o sol já se pondo, quando de repente gritos desesperados cortam o ar. Era uma criança de apenas 3 anos sendo agredida pelo próprio pai — e não foi um simples tapa, não. O sujeito perdeu totalmente a cabeça.
Dois vizinhos corajosos, ouvindo o escândalo, não pensaram duas vezes. Invadiram a casa e seguraram o homem, que parecia possuído por uma fúria incontrolável. "Ele estava fora de si, suando frio, os olhos vidrados", contou um deles, ainda abalado.
O que leva alguém a fazer isso?
A justificativa? "Fiquei nervoso". Só isso. Como se nervosismo explicasse espancar uma criança que mal sabe falar direito. A menina — frágil, indefesa — teve que ser levada às pressas para o hospital. Hematomas por todo o corpo, traumatismo craniano... Agora luta pela vida na UTI.
A polícia chegou rápido, graças aos heróis anônimos que impediram que a situação piorasse. O agressor, é claro, tentou se explicar: "Ela não queria obedecer". Como se isso fosse motivo! Foi algemado e levado para a delegacia, onde responderá por tentativa de homicídio.
E a menina?
Os médicos dizem que o quadro é grave, mas estável. A avó materna já está no hospital — coitada, envelheceu dez anos em uma tarde. A comunidade está em choque; ninguém imaginava que aquela família "tão normal" escondesse essa violência.
Casos como esse fazem a gente questionar: onde foi que erramos como sociedade? Como deixamos chegar a esse ponto? E pior: quantas crianças ainda sofrem caladas, sem que ninguém ouça seus gritos?