Numa tarde que começou como qualquer outra no interior de Roraima, um casal aparentemente comum viveu seu último capítulo de forma trágica. Segundo relatos de vizinhos — aquelas testemunhas silenciosas que sempre sabem mais do que contam —, a discussão começou por bobagem, como tantas outras. Mas dessa vez, o desfecho foi irreversível.
Ela, uma mulher de meia-idade que sempre parecia cansada demais até para reclamar. Ele, um homem que nas ruas cumprimentava todos, mas que atrás das portas fechadas mostrava outro lado. "Todo mundo aqui sabia como ele era", comentou um morador que preferiu não se identificar, enquanto arrumava as mercadorias em sua pequena venda.
O que levou ao crime?
Detalhes ainda estão sendo apurados, mas sabe-se que após ser agredida fisicamente — não pela primeira vez, segundo fontes próximas —, a mulher pegou uma faca de cozinha e desferiu golpes contra o marido. O que aconteceu exatamente naqueles minutos decisivos? Difícil dizer. Crimes passionais são assim: uma explosão de sentimentos contidos que ninguém consegue prever.
A vítima, um homem de 45 anos, não resistiu aos ferimentos. Quando a polícia chegou, encontrou a cena que nenhum agente gostaria de ver numa tarde de segunda-feira comum. A esposa, em estado de choque, foi levada para prestar depoimento.
As marcas invisíveis
Especialistas em violência doméstica ressaltam que casos como este raramente são isolados. "Quando a vítima revida, geralmente é o ápice de anos de sofrimento silencioso", explica uma assistente social que atua na região. O que será feito com a mulher agora? Depende. A Justiça precisará analisar se houve legítima defesa ou excesso.
Enquanto isso, na pequena comunidade onde tudo aconteceu, o assunto é o único nas conversas. Alguns condenam, outros entendem — mas todos concordam em uma coisa: a vida naquela casa nunca foi fácil, e agora, nunca mais será a mesma.
