Tragédia na Paraíba: Mulher é esfaqueada fatalmente na frente da filha, e ex-marido é o principal suspeito
Mulher esfaqueada na frente da filha; ex-marido é suspeito

A tarde desta quarta-feira (18), em Bayeux, na Grande João Pessoa, não terminou com o pôr do sol, mas com uma cena de horror que vai marcar para sempre a vida de uma menina. Por volta das 16h, o simples ato de chegar em casa transformou-se num pesadelo. Uma mulher, ainda não identificada oficialmente, foi brutalmente atacada a facadas diante dos olhos atônitos de sua filha, uma criança de apenas oito anos.

Testemunhas do entorno, ainda sob o choque do que presenciaram, contaram à polícia que ouviram gritos desesperados e correram para ver. O que encontraram foi a vítima caída, e a filha pequena, em pânico, ao seu lado. O silêncio que se seguiu ao tumulto foi mais aterrador que o barulho inicial. Uma vizinha, que preferiu não se identificar, disse com a voz embargada: "A gente nunca espera que isso aconteça aqui, tão perto da gente. É de cortar o coração".

Segundo as primeiras informações apuradas pela delegacia, a linha investigativa aponta para uma direção sombria, porém, infelizmente, comum nesses casos: o ex-marido da vítima. A Polícia Militar foi acionada rapidamente, mas, quando chegou ao local, na Rua José Américo de Almeida, no bairro do Imaculada, o suspeito já havia fugido. Não deixou pistas óbvias, apenas um rastro de trauma e perguntas sem resposta.

A equipe do G1 apurou que a vítima tinha medida protetiva contra o ex-companheiro? Essa informação crucial ainda está sendo confirmada pelas autoridades. Seria mais um triste capítulo de uma história de violência doméstica que o sistema não conseguiu interromper a tempo? A pergunta paira no ar, pesada e desconfortável.

O corpo foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos de praxe. A cena do crime, agora isolada pela polícia, aguarda a perícia técnica. Cada detalhe será minuciosamente examinado para tentar reconstruir os últimos e terríveis momentos daquela mulher.

Enquanto isso, a criança, a verdadeira vítima invisível dessa história, foi levada para um local seguro. Quem consola uma criança que testemunhou o assassinato da própria mãe? O trauma é uma ferida que não fecha com facilidade. Especialistas em psicologia infantil não cansam de alertar: as marcas de um evento desses são profundas e duradouras.

A operação para encontrar o suspeito está a todo vapor. A Polícia Civil já iniciou os trabalhos de investigação, colhendo depoimentos e buscando imagens de câmeras de segurança da região. Eles pedem que qualquer pessoa com informação que possa levar à localização do homem entre em contato através do disque-denúncia. Em casos assim, o silêncio é cúmplice.

Este é mais daqueles casos que nos fazem parar e refletir. Até quando? A violência contra a mulher é uma chaga social que insiste em se repetir, um roteiro trágico e previsível que ninguém parece capaz de parar. Bayeux chora hoje. E, com ele, todos nós que acreditamos que o lar deveria ser um porto seguro, e não um palco de terror.