Médica Desconfia de Maus-Tratos e Denúncia Mãe Após Bebê de 1 Ano Ser Internado em Estado Grave em SP
Médica denuncia mãe por suspeita de agressão a bebê

Imagine a cena: o silêncio tenso de um pronto-socorro é quebrado pelo desespero. Uma criança, um bebê de colo com apenas um ano de vida, chega às pressas. O estado? Lastimável. Grave. E o que se seguiu foi um daqueles momentos em que o instinto profissional fala mais alto que qualquer protocolo.

A médica que a atendeu, uma profissional experiente do Hospital Universitário de Jundiaí, não engoliu a história contada pela mãe. Algo simplesmente não batia. A mulher alegava que a pequena havia sofrido uma queda da própria altura – sabe, aquela explicação que todo mundo já ouviu uma vez na vida. Mas o quadro clínico da menina gritava outra coisa. Gritava violência.

O pulo do gato, o que realmente fez o alarme tocar na cabeça da doutora, foram as lesões. Ah, as lesões... Elas eram múltiplas, de idades diferentes. Um verdadeiro mapa de sofrimento espalhado pelo corpinho frágil da criança. Isso, para qualquer um que mexe com medicina, é a bandeira vermelha, o sinal de alerta máximo para possível violência repetida. Não dá para fingir que não é.

Foi aí que a coragem falou mais alto. A médica, cumprindo seu dever ético e legal, não pensou duas vezes. Fez a denúncia formal à Polícia Civil na última quinta-feira (18). O delegado Marcelo Fávaro, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Jundiaí, pegou o caso. E não é brincadeira não. Ele mesmo confirmou que a versão da mãe – aquela tal queda – não conseguiu se sustentar diante das evidências médicas. O laudo dos médicos foi crucial, um documento que conta uma história triste e diferente.

Agora, o que acontece? A investigação tá rolando a todo vapor. E olha, o negócio é sério. A mãe pode responder na Justiça pelo crime de lesão corporal grave – um artigo pesado do nosso Código Penal. Enquanto isso, a bebê, nossa pobre guerreirinha, segue internada na UTI do hospital. A gente torce, né? Torce com todas as forças pela recuperação dela.

E tem mais um detalhe, um daqueles que a gente nem quer acreditar: a Justiça já determinou que a criança fique sob os cuidados do avô. A mãe, obviamente, foi afastada. O Conselho Tutelar também entrou na roda, acompanhando de perto todo esse desdobramento trágico.

É um daqueles casos que choca a cidade, que deixa a gente pensando no que se passa por trás das portas fechadas de algumas casas. A atitude da médica, firme e decisiva, provavelmente salvou aquela vida. E isso, no meio de tanta tragédia, é um farol de esperança.