
O que parecia ser mais um caso de violência urbana se revelou uma trama sinistra arquitetada pelo próprio marido. Na pacata Marmeleiro, sudoeste do Paraná, um homem de 36 anos decidiu que a morte da esposa era a solução — e montou todo um teatro para tentar escapar impune.
Imagina a cena: ele chega em casa por volta das 23h30 de sexta-feira, gritando por ajuda. "Fomos assaltados!", anuncia aos vizinhos, com aquele tom de desespero que parecia genuíno. Mas a verdade... ah, a verdade era muito mais sombria.
A Farsa que Não Colou
O sujeito contou uma história elaborada — detalhes sobre dois homens armados que teriam invadido a propriedade rural onde moravam. Segundo sua versão, os supostos bandidos renderam o casal, levaram dinheiro e joias, e depois fugiram levando a esposa como refém. Conveniente demais, não?
Mas os policiais do 16º Batalhão da Polícia Militar não engoliram a história. Algo não cheirava bem. As inconsistências no relato saltavam aos olhos — como aquelas pequenas falhas que todo mentiroso comete, mas que um profissional percebe na hora.
A Verdade Emerge
Após horas de interrogatório, a farsa desmoronou. O próprio marido confessou o planejamento meticuloso. Ele mesmo matou a esposa a tiros — um crime brutal, premeditado com frieza que dá arrepios.
E o corpo? Bem escondido num matagal próximo à propriedade, como se fosse lixo a ser descartado. A vítima, uma mulher de 35 anos, teve sua vida interrompida por quem deveria protegê-la.
Motivação? Ainda um Mistério
O que leva alguém a cometer tamanha crueldade? As investigações da Polícia Civil seguem a todo vapor para desvendar os reais motivos. Dinheiro? Ciúmes? Algum segredo obscuro? Por enquanto, só especulações.
O assassino confessou já está atrás das grades, preso em flagrante por feminicídio. A justiça começa a ser feita, mas a pergunta que fica é: quantas outras mulheres vivem relacionamentos que podem se transformar em armadilhas fatais?
Enquanto isso, Marmeleiro — cidade de pouco mais de 15 mil habitantes — tenta digerir o trauma. Crimes assim não deveriam acontecer num lugar tranquilo como esse. Mas a violência doméstica, infelizmente, não escolhe endereço.