Era pra ser mais uma quarta-feira comum. O sol já se punha quando ele abriu a porta de casa — e o mundo desabou. O grito ecoou pelos corredores do condomínio, mas ninguém poderia imaginar a cena que se desenrolava no apartamento 302.
Thaís Oliveira, 24 anos, estava estendida no chão da sala. Sem pulsação. Sem vida. Seu marido, um eletricista de 28 anos que prefere não se identificar, ainda tremia ao relatar o ocorrido: "Cheguei exausto, pensei que ela estava dormindo... quando me aproximei, vi que algo estava terrivelmente errado".
O que se sabe até agora
A Polícia Civil trabalha com três hipóteses principais:
- Feminicídio (a vítima apresentava sinais de violência)
- Latrocínio (alguns objetos estavam fora do lugar)
- Overdose acidental (embora não houvesse histórico de uso de drogas)
Os vizinhos — aqueles que sempre dizem "aqui é tranquilo" — agora cochicham nos corredores. Dona Marta, da portaria, lembra ter visto Thaís pela manhã: "Ela ia ao mercado, sorriu pra mim como sempre... quem diria?".
Um casal comum
Eles se mudaram para o Residencial Solar dos Ipês há pouco mais de um ano. Sem filhos. Sem brigas aparentes. "Ele sempre a tratou como uma princesa", conta uma colega de trabalho da vítima, que pediu anonimato.
Mas a delegada responsável pelo caso, Dra. Fernanda Castro, faz um alerta: "Os maiores perigos muitas vezes moram conosco. E vestem máscaras de normalidade".
O celular da vítima foi levado para perícia. As câmeras do condomínio estão sendo analisadas. E uma pergunta paira no ar: quantos "casais perfeitos" escondem segredos capazes de terminar em tragédia?
