Porto Velho ainda não se recuperou do choque. Na última quinta-feira (31), uma cena desesperadora tomou conta da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Leste: uma jovem mãe chegou carregando nos braços um bebê de apenas 3 meses — o pequeno estava pálido, com o crânio visivelmente machucado.
"Achei que fosse desmaiar quando vi", confessou uma enfermeira que pediu para não ser identificada. "O menino tinha hematomas por todo o corpo, mas a fratura na cabecinha era a mais grave. Dava pra ver que não foi acidente."
O que realmente aconteceu?
Segundo o boletim de ocorrência, a mãe — uma mulher de 22 anos — contou aos médicos que o bebê "caiu do sofá". Mas os profissionais não engoliram a história. O raio-X mostrou múltiplas fraturas em estágios diferentes de cicatrização. Alguém tinha batido naquela criança. Várias vezes.
"Quando confrontada, ela mudou a versão umas três vezes", revelou o delegado responsável. "Primeiro foi queda, depois disse que escorregou com ele no colo, aí inventou que o irmão mais velho derrubou..."
Os detalhes que incriminaram
- O bebê apresentava fraturas antigas não tratadas
- Vizinhos relataram choro constante no apartamento
- Mãe demorou 12 horas para buscar ajuda médica
O caso tomou um rumo ainda mais sombrio quando descobriram que a jovem já tinha passagem por abandono de incapaz. "É revoltante", disparou uma assistente social. "Esses pequenos dependem totalmente de nós, e alguns adultos falham de maneira monstruosa."
Enquanto isso, o bebê segue internado em estado grave, mas estável. Já a mãe responde por lesão corporal grave e maus-tratos. Se condenada, pode pegar até 8 anos de prisão.
E você, o que acha que deveria ser feito em casos assim? A justiça é branda demais com crimes contra crianças?
