Mãe é presa após jogar água fervente no próprio filho de 10 anos em MT: caso choca
Mãe presa por jogar água fervente em filho de 10 anos

Imagine o inimaginável: uma mãe, aquela que deveria ser o porto seguro, transformando-se no próprio perigo. Foi exatamente isso que aconteceu numa sexta-feira comum, dia 12, em Rondonópolis – a cerca de 218 km de Cuiabá –, quando uma mulher de 32 anos cometeu um ato de brutalidade que deixou a todos em estado de choque.

Segundo as investigações da Polícia Judiciária Civil, tudo começou com uma discussão aparentemente banal. O menino, um garoto de apenas dez anos, teria derramado acidentalmente um pouco de água no chão. Uma bobagem, uma daquelas coisas que toda criança faz. Mas a reação da mãe foi tudo, menos normal.

Foi num acesso de fúria incontrolável – daqueles que ceifam qualquer vestígio de razão – que ela pegou uma panela cheia de água que fervia no fogão. E, num movimento que foge à compreensão, atirou o líquido escaldante diretamente no próprio filho.

As Consequências de um Ato Inexplicável

O resultado foi tão horrível quanto se pode prever. A criança sofreu queimaduras graves, de segundo grau, principalmente nas costas e nos braços. A dor deve ter sido excruciante, uma agonia que nenhum ser humano, muito menos uma criança, merece sentir. Ela foi levada às pressas para o Hospital Municipal e, felizmente, não corre risco de morrer. Mas as marcar, essas... bem, algumas vão muito além da pele.

O mais estarrecedor? Após o ocorrido, a mulher nem mesmo se preocupou em levar o filho para receber atend médico de imediato. Quem acabou fazendo isso foi a própria avó da criança, que provavelmente não conseguia acreditar no que via. Que tipo de embrutecimento do coração leva alguém a isso?

A Justiça é Acionada

O caso, é claro, não ficou impune. A Delegacia de Defesa da Mulher de Rondonópolis abriu um inquérito para investigar o acontecido sob o crivo da Lei Maria da Penha. A mulher foi localizada e presa em flagrante no mesmo dia. Agora, ela responde por lesão corporal grave – e é bom que a justiça seja rápida e severa.

Não é a primeira vez, sabiam? A polícia revelou que a mulher já tinha um histórico de agressões contra os próprios filhos. Uma filha mais velha, de 17 anos, já tinha sido vítima dela anteriormente. Parece um daqueles casos em que os sinais estavam todos ali, mas ninguém conseguiu intervir a tempo de evitar uma tragédia maior.

O delegado titular da Delegacia da Mulher, Emerson Soares, não escondeu a gravidade do caso. Disse que a conduta da mãe foi "reprovável" e que a prisão era mais do que necessária – era urgente. E é mesmo. Às vezes, a lei precisa agir não só para punir, mas para proteger. Principalmente os que não podem se proteger sozinhos.

Enquanto a mãe aguarda julgamento no sistema prisional, a pergunta que fica é: o que leva uma pessoa a cruzar uma linha tão sombria? Raiva? Descontrole? Um passado de violência que se repete? Difícil dizer. O que importa agora é que a criança esteja segura e receba todo o cuidado – físico e emocional – que precisa para se recuperar.