Mãe de jovem morta por estrangulamento em SP encontra alívio parcial com prisão de suspeito: 'Não tira a dor, mas ajuda'
Mãe de jovem morta encontra alívio com prisão de suspeito

Era uma daquelas notícias que ninguém quer receber. Uma chamada no meio da noite, vozes embargadas do outro lado da linha, e de repente... o mundo desaba. Assim começou o calvário da família de uma jovem de 20 anos, cuja vida foi interrompida brutalmente no Vale do Paraíba.

O caso – que chocou a região – finalmente deu um passo significativo rumo à justiça. A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (10) o principal suspeito do feminicídio. Um alívio? Sim, mas daqueles que vem acompanhado de um gosto amargo.

"Não tira a dor de perder uma filha, mas é um alívio saber que ele está preso", confessou a mãe da vítima, com uma serenidade que só quem já perdeu tudo consegue entender. Sua voz – grave pelo cansaço e pela emoção contida – trazia aquela mistura peculiar de alívio e tristeza eterna.

Os detalhes que arrepiam

O crime aconteceu no distrito de Eugênio de Melo, em São José dos Campos. A jovem foi encontrada sem vida dentro de casa, vítima de estrangulamento. Os investigadores trabalharam durante meses para juntar as peças desse quebra-cabeça macabro.

E não foi fácil. As pistas eram escassas, as testemunhas hesitantes. Mas a persistência da polícia acabou dando resultado. Através de diligências minuciosas e – pasmem – câmeras de segurança que captaram movimentos suspeitos, conseguiram identificar o suposto autor.

Quem é o acusado?

O preso é um homem de 37 anos, que já tinha passagem pela polícia. Ele foi localizado e detido em flagrante, depois de uma investigação que envolveu até análise de imagens de vigilância. A delegada responsável pelo caso foi enfática: "As evidências apontam consistentemente para sua autoria".

O mais perturbador? Tudo indica que o crime foi premeditado. Metódico. Calculado. Detalhes que fazem a gente se perguntar até onde pode ir a crueldade humana.

O que diz a família

A mãe da jovem – cujo nome preservamos por respeito ao luto – falou exclusivamente sobre o impacto da prisão. "A gente fica mais tranquilo sabendo que ele não está solto, que não pode fazer isso com outra família", disse, entre suspiros que pareciam carregar o peso do mundo.

Ela contou que a filha era "uma menina cheia de vida", que sonhava com um futuro simples mas feliz. Agora, restam as memórias e a busca incansável por justiça. Justiça que, diga-se de passagem, nunca trará de volta o que foi perdido.

O que mais impressiona é a resiliência dessa família. Enquanto choram sua pergunta irreparável, ainda conseguem pensar na segurança de outras mulheres. É como se sua tragédia pessoal tivesse aberto os olhos para uma realidade que muitos insistem em ignorar.

E agora?

O suspeito está atrás das grades, mas a batalha judicial está apenas começando. Ele responderá por feminicídio – crime hediondo que não prescreve e é inafiançável. A pena pode chegar a 30 anos de reclusão.

Enquanto isso, a família tenta reconstruir a vida aos pedaços. "Cada dia é uma luta diferente", desabafa a mãe. Alguns são piores que outros. As datas comemorativas então? Nem se fala.

O caso serve como alerta para uma sociedade que ainda trata a violência contra a mulher como "caso isolado". Não é. Os números assustam, e histórias como essa se repetem com frequência assustadora.

Para a família, a prisão traz um frágil senso de justiça. Imperfeito, insuficiente, mas melhor que nada. Como disse a mãe: "Não preenche o vazio, mas pelo menos tira um peso das nossas costas".

E talvez seja isso que a justiça signifique para quem perdeu tudo: não a reparação completa – porque isso é impossível – mas a garantia de que ninguém mais sofrerá nas mãos da mesma crueldade.