
Uma cena que vai te gelar a espinha aconteceu nesta terça-feira (17) em São Carlos, interior paulista. Uma mãe – sim, você leu direito – foi flagrada agredindo as próprias filhas, criancinhas de apenas 2 e 5 anos, com uma violência que chega a ser difícil de descrever.
O que deveria ser um lugar seguro, o próprio lar, transformou-se num palco de terror para essas duas meninas. A mulher, num acesso de fúria que desafia qualquer compreensão, usou um capacete para desferir golpes contra as crianças. Mas não parou por aí: também deu chutes e mais chutes, como se estivesse lutando contra inimigos, não criando seus próprios filhos.
Vídeo que escancara a crueldade
As câmeras de segurança do residencial capturaram tudo. Cada golpe, cada chute, cada momento de puro pavor das pequenas. O vídeo, que obviamente não vamos reproduzir aqui por questão de ética, é simplesmente devastador. Mostra a mulher arrastando uma das meninas pelo braço com uma força desmedida, totalmente desproporcional ao tamanho frágil da criança.
E sabe o que é mais perturbador? Entre uma agressão e outra, a mulher ainda tentava ajustar as câmeras, como se soubesse que estava sendo filmada mas não se importasse o suficiente para parar. Que tipo de desconexão moral permite esse comportamento?
A intervenção que veio tarde, mas veio
Felizmente – se é que podemos usar essa palavra num contexto tão triste –, a Polícia Militar foi acionada e compareceu ao local. Encontraram as crianças com marcas visíveis da agressão, aquelas marcas que ficam na pele e, muito pior, na memória emocional.
A mãe foi presa em flagrante. Não houve como negar a evidência brutal das imagens. Agora, ela responde por maus-tratos e lesão corporal – crimes que, convenhamos, parecem até brandos perto da gravidade do que foi cometido.
As meninas foram levadas para o Hospital Municipal de São Carlos. Os médicos confirmaram as lesões, mas pelo menos nada de fraturas ou ferimentos mais graves. O que não significa, claro, que estejam bem. Trauma psicológico é uma ferida que não aparece no raio-X.
E agora, o que será delas?
O Conselho Tutelar assumiu o caso, como era esperado. As crianças foram colocadas sob a guarda de familiares, pelo menos temporariamente. Resta saber se terão o acompanhamento psicológico necessário, se conseguirão superar – ou pelo menos aprender a lidar – com o trauma de serem agredidas por quem deveria protegê-las.
E a mãe? Bem, além das consequências legais, que certamente virão, fica a pergunta: o que leva alguém a esse extremo de violência contra seres tão indefesos? Stress? Problemas mentais? Descontrole emocional? Nada justifica, claro, mas entender poderia talvez ajudar a prevenir outros casos.
Enquanto isso, em São Carlos, duas meninas tentam processar o fato de que a pessoa que deveria ser seu porto seguro transformou-se em sua maior ameaça. E a gente fica aqui se perguntando quantos casos assim acontecem sem serem filmados, sem que ninguém jamais saiba.