
O silêncio da noite no Brejo paraibano foi quebrado por gritos de horror. Por volta das 22h desta segunda-feira (28), um crime que beira o inacreditável deixou a comunidade em estado de choque. Um homem, cujo nome ainda não foi divulgado pela polícia, tentou ceifar a vida de uma mulher a golpes de faca — e o fez com uma crueldade que parece saída dos piores pesadelos.
A vítima, uma mulher de 32 anos (identidade preservada), foi atacada quando estava em casa. Segundo testemunhas ouvidas pela reportagem, o agressor — que seria um conhecido da vítima — invadiu o imóvel e partiu para cima dela como um furacão de ódio. "Ele parecia fora de si, com os olhos vidrados. Nunca vi coisa igual", contou um vizinho que preferiu não se identificar.
Ferimentos que falam
Os golpes foram desferidos principalmente na região da cabeça. A mulher conseguiu, milagrosamente, se defender em parte — quem sabe se não fosse essa reação, o desfecho teria sido ainda mais trágico. Quando a PM chegou, encontrou a cena: sangue pelo chão, a vítima desorientada mas consciente, e o suspeito ainda no local, como se não tivesse pressa de fugir.
"Ele nem tentou correr. Ficou ali, com a faca na mão, como se estivesse esperando", relatou um dos policiais que atendeu a ocorrência, ainda visivelmente abalado pelo que viu. A vítima foi levada às pressas para o Hospital Regional de Guarabira, onde passou por cirurgia e segue internada. Os médicos garantem que ela está estável, mas o trauma — físico e psicológico — vai demorar a cicatrizar.
Prisão e investigação
O indivíduo foi detido na hora e já está à disposição da Justiça. A delegada responsável pelo caso adiantou que ele vai responder por tentativa de feminicídio — crime hediondo no Brasil. "Temos elementos mais que suficientes para sustentar a acusação", afirmou a autoridade, sem entrar em detalhes sobre o possível motivo do ataque.
Moradores da região, porém, já falam em relacionamento abusivo que teria culminado naquela noite de terror. "Todo mundo sabia que ele era ciumento ao extremo, mas ninguém imaginava que chegaria a esse ponto", desabafou uma amiga da vítima, que pediu para não ser identificada.
Enquanto isso, no bairro onde tudo aconteceu, o clima é de perplexidade. Casos como esse — infelizmente cada vez mais comuns — deixam marcas que vão além das físicas. E levantam a pergunta que não quer calar: até quando as mulheres precisarão viver com medo dentro da própria casa?