
Ela não esperou. Não hesitou. Pegou o celular e fez a denúncia — um ato de coragem que, quem sabe, pode ter salvado a vida dela. Em Santarém, no oeste do Pará, uma mulher decidiu romper o silêncio e procurar a polícia após ser ameaçada de morte pelo próprio companheiro.
Nada de meias-palavras ou rodeios: o sujeito, ainda não identificado, teria dito claramente que ia matá-la. Coisa séria, daquelas que gelam a espinha. Ameaça gravíssima, da qual ela, com lucidez impressionante, não subestimou.
E olha… Fez bem. A Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Santarém agiu rápido. O indivíduo foi localizado e conduzido até a unidade policial ainda nesta terça-feira, 17. Agora, responde por ameaça — crime previsto no Código Penal, com pena que pode chegar a um ano de detenção.
O que acontece depois da denúncia?
Pouca gente sabe, mas ameaça é coisa grave. Muito grave. E, pasme: não é “briga de casal”. É crime. Ponto. A autoridade policial ouve a vítima, colhe o depoimento e, com base nele, pode prender em flagrante — ou, dependendo do caso, mandar o sujeito prestar esclarecimentos e depois responder em liberdade.
Nesse caso, ele foi levado à delegacia. Lá, foi autuado, virou número de processo e agora a Justiça decide os próximos passos. A mulher, espera-se, deve pedir medida protetiva. E deve, viu? Porque depois de uma ameaça dessas, ninguém pode ficar desprotegido.
Não é exceção. É regra.
Casos assim, infelizmente, são mais comuns do que se imagina. Muitas mulheres silenciam por medo, por dependência emocional, financeira… Mas essa, em Santarém, deu exemplo. Agiu. E mostrou que rede de proteção existe — e pode funcionar.
O papel da DEAM é fundamental. E deveria ser mais divulgado. É um espaço específico para acolher, orientar e agir quando a violência vem de dentro de casa. Porque, convenhamos: lugar que deveria ser porto seguro não pode virar cenário de terror.
Se você ou alguém que conhece passa por situação parecida, não pense duas vezes: disque 180. A denúncia é anônima. E pode ser o primeiro passo para interromper um ciclo de violência que, só quem vive sabe, é uma tortura diária.