
Imagine a cena: um homem de 70 anos, frágil, esquecido num canto da própria casa como um móvel velho. Foi assim que a polícia encontrou um idoso em Ituverava, no interior de São Paulo — e o responsável? O próprio filho.
Parece roteiro de filme de terror, mas é a realidade que deixou até os agentes com um nó na garganta. O idoso estava tão desnutrido que mal conseguia se levantar. A casa, um caos: sujeira acumulada, cheiro insuportável e restos de comida estragada espalhados.
"Nem animal merece isso", diz vizinho
Os vizinhos — que pediram pra não aparecer nos jornais — contaram que há meses desconfiavam. "O velho sumiu da janela, a gente só ouvia gemidos", relatou um senhor, ainda tremendo de raiva. Outro completou: "Se fosse um cachorro, já tinham denunciado antes".
Quando a polícia chegou, depois de uma denúncia anônima (benditas sejam!), o filho tentou inventar desculpas esfarrapadas:
- "Tô sem emprego"
- "Ele não quer comer"
- "A gente tá passando necessidade"
Pura conversa fiada. Nas redes sociais, o acusado postava fotos em churrascos e baladas. No celular dele, gastos com cerveja e jogos que dariam pra alimentar o pai por meses.
O que diz a lei?
O Estatuto do Idoso não brinca em serviço: pena de 2 a 12 anos por abandono. E olha que aqui tem agravante — o cara era o único responsável. O idoso foi levado pra um abrigo municipal e já recebe cuidados médicos. Melhorou um pouco, mas o trauma... esse vai ficar.
E o filho? Preso em flagrante, claro. Na delegacia, ficou quieto — talvez finalmente entendendo a merda que fez. Ou só com medo da cadeia, quem sabe?
Enquanto isso, o caso virou assunto na cidade toda. Nas padarias, nos pontos de ônibus, todo mundo comentando: "Como alguém faz isso com o próprio sangue?". Difícil entender, né? Mas acontece mais do que a gente imagina — e geralmente calado, entre quatro paredes.