Feminicídio em MT: Ex-marido é preso após assassinar mulher a tiros dentro de casa
Feminicídio em MT: ex-marido preso por matar mulher a tiros

Era pra ser um sábado como qualquer outro no bairro Jardim Público, em Tangará da Serra. Mas o dia 18 de setembro vai ficar marcado na memória de quem presenciou a tragédia que se desenrolou numa casa simples da Rua das Orquídeas. Por volta das 21h, o silêncio da noite foi quebrado por disparos. E não foram fogos de artifício.

Dentro da residência, uma cena dantesca. Elisangela Brito de Arruda, 45 anos, foi surpreendida pelo ex-marido, que invadiu o lar e efetuou múltiplos tiros contra ela. A violência foi tão abrupta que a vítima nem teve chance de se defender. Vizinhos, em pânico, acionaram a polícia imediatamente.

Quando os agentes chegaram, era tarde demais. Elisangela já estava sem vida, atingida por pelo menos dois projéteis – um no tórax e outro na região abdominal. O autor? Já havia fugido, deixando para trás apenas o horror e o silêncio dos que ficaram.

A captura

Mas algumas histórias, ainda que trágicas, têm um resquício de justiça. Horas depois do crime, por volta da 1h da madrugada de domingo, o suspeito foi localizado e preso em flagrante. Sim, o ex-marido da vítima. A Polícia Militar não divulgou o nome dele, mas confirmou que a motivação do crime está diretamente ligada ao término do relacionamento.

Parece clichê de novela, mas é a realidade cruel que muitas mulheres enfrentam. Termina o amor, mas não termina o perigo. O ciúme, a posse, a incapacidade de aceitar a rejeição – combustíveis mais que suficientes para tragédias anunciadas.

O que vem por aí

O indivíduo foi levado para a cadeia pública e agora responde por feminicídio. A delegacia responsável pelo caso segue coletando provas e ouvindo testemunhas. A expectativa é que ele seja denunciado nas próximas semanas.

Enquanto isso, familiares e amigos de Elisangela se preparam para o enterro, marcado para este domingo. Uma vida interrompida brutalmente, mais um nome na estatística assustadora da violência contra a mulher no Brasil.

Um alerta que fica: até quando precisaremos contar histórias como essa? Até quando o fim de um relacionamento será sentença de morte para tantas Elisangelas por aí?