Mãe e padrasto são liberados pela Justiça após agressão a adolescente em Roraima — veja as condições
Casal é solto após agredir adolescente em Roraima

Era pra ser um lar. Virou palco de terror. Em Boa Vista, capital de Roraima, um casal acabou detido após espancar uma adolescente de 16 anos — a própria filha dela, no caso. A cena, digna de filme de horror, deixou vizinhos em choque. Mas aí veio a reviravolta que ninguém esperava.

Nesta segunda-feira (21), a Justiça decidiu soltar os dois. Sim, você leu certo. A mãe e o padrasto estão livres, mas com uma série de condições que beiram o absurdo — ou seriam necessárias? Eis a questão.

As regras do jogo

Não pense que saíram impunes. O juiz impôs medidas protetivas mais rígidas que cinto de segurança em carro velho:

  • Proibição total de chegar perto da vítima
  • Obrigação de comparecer mensalmente à Justiça
  • Pagamento de fiança que deixou o bolso mais leve

Detalhe macabro: as agressões aconteceram durante dias. Não foi um momento de raiva, mas uma tortura prolongada. E agora? A sociedade fica se perguntando se medidas protetivas são suficientes para casos assim.

O que dizem as estatísticas

Enquanto isso, nos bastidores, os números assustam. Só este ano, Roraima registrou 37 casos de violência doméstica contra adolescentes. Sete a mais que no mesmo período de 2024. Crescimento ou subnotificação? Difícil cravar.

Especialistas ouvidos pelo G1 — mas que preferiram não ter seus nomes estampados — soltaram a frase que dói: "Isso é só a ponta do iceberg". E completam, entre um gole de café requentado e outro: "Família deveria ser porto seguro, não campo de batalha".

O caso segue sob sigilo, como manda a lei para crimes envolvendo menores. Mas uma coisa é certa: a discussão sobre até onde vai o direito de educar e onde começa a violência doméstica está longe de acabar.